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Mostrando postagens de 2009

NATAL NA SANBRA

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Na foto, vemos da esquerda para a direita: Cleide, a secretária, um modêlo de eficiência na sua área; atrás dela, Urbaninho Zampieri, tão cedo levado pela morte; Setuko Sekino, também secretária das melhores, da qual tornei-me muito amigo, tendo frequentado a casa de sua família na Avenida Altino Arantes, onde seu pai tinha uma casa comercial; atrás de Setuko, sua irmã Tomiko, então aluna do curso científico, uma inteligência que partiu muito cedo desta vida; de braço dado com Setuko, Yeda, também funcionária do escritório, uma moça muito alegre que irradiava alegria diariamente; ao seu lado, segurando uma bola, Rubens Bortolocci da Silva, o competente chefe da Seção Pessoal, que viria a se eleger prefeito de Ourinhos; em seguida dois empregados da mesma seção, Tupiná e o srº Hélio, que era também o responsável pela CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, função da qual muito se orgulhava. Atrás de Rubinho estava uma sua filha.  A instalação de uma fábrica de óleo

FALA ROBERTO PELLEGRINO

ANTIGOS PENSAMENTOS Há uma coisa que me intriga: o que eu pensava, nos meus primeiros tempos de Ourinhos, a respeito de, vindo de Roma, haver atravessado o oceano para ir morar numa cidadezinha quente, "avermelhada" e sem possuir absolutamente nada daquilo com que estava acostumado? Para falar a verdade verdadeira, não lembro. Sou, porém, levado a crer que não me preocupava com esse aspectos, pois estava empolgado com a grande aventura em que havia se transformado minha vida. Sim, era uma grande aventura mergulhar em um mundo tão desconhecido quanto inusitado. Era tudo tão novo para mim -- os edifícios, as ruas, a vegetação, as pessoas, a língua, os costumes, o clima -- que o deslumbramento ante aquela miríade de novidades e o esforço requerido para me inserir naquele contexto não me deixavam tempo para pensar em mais nada. A PIZZA No princípio dos anos 1950, eu deixava os ourinhenses atônitos e incrédulos quando declarava detestar pizza. Diga-se de passagem que naquela época

OURINHOS - O PASSADO DESAPARECENDO

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Na minha última ida minha a Ourinhos tive a infelicidade de constatar mais duas ações contra o patrimônio histórico-cultural da cidade: 1 - este prédio situado na esquina da Paraná com Cardoso Ribeiro é de 1930. No seu frontespício estava gravada a data . Conheci de perto essa casa nos anos 1950/1960, pois ali morava uma família japonesa de quem fui amigo. Eles vendiam uma coxinha de galinha deliciosa. Às vezes eu ficava ajudando no bar que mantinham ali somente para ser gratificado com algumas elas. Nos últimos anos, uma família portuguesa ali manteve um bar onde serviam um delicioso bolinho de bacalhau. Pois bem, venderam o bar recentemente e o novo proprietário "modernizou a fachada apagando aquela data e removendo os ornamentos que havia na fachada. Numa cidade em que não preocupação com o passado arquitetônico, fatos como esse vêm se repetindo constantemente. 2 - O segundo aconteceu com o prédio abaixo. Trata-se de dois sobrados germinados existentes na rua Altino Arantes

DRº WALLACE MORTON

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Nada há em Ourinhos que registre a memória desse engenheiro inglês que viveu em Ourinhos por cerca de 15 anos, a quase totalidade deles como superintendente da Companha Ferroviária São Paulo-Paraná. Imerecidamente, porque pela sua posição e pelo fato de ter sido o maior empregador da cidade, nesse período, deveria ter pelo menos uma rua com seu nome. Isso sem falarmos no fato de ter sido um bom patrão, bastante popular entre todos os que trabalharam nessa ferrovia, além de ter se integrado ao cotidiano dessa pequena cidade do interior paulista, participando do Rotary Clube local, da direção de clubes de futebol e da comissão responsável pela fundação da Santa Casa de Misericóridia. Uma passada d'olhos nas edições de "A Voz do Povo" desse período dá um amostra de sua convivência franca com o cotidiano de Ourinhos. Meu pai e seus primos Benedito Monteiro e Carlos Eduardo Devienne, que trabalharam sob seu comando, o admiravam muito. No livro "Ourinhos - memórias de uma

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USOS E COSTUMES Os que citarei são mais quatro dos vários usos e costumes para mim estranhos com que deparei, naquele longínquo 1951, ao “mergulhar” na sociedade ourinhense. Faço questão de frisar que o termo “estranhos” não possui conotação negativa, significando apenas que eu nem sequer imaginava sua possível existência, já que na minha terra natal esses três costumes eram diferentes (atentem ao fato de que eu disse “diferentes”, e não “melhores”). 1. O tratamento de “senhor” e “senhora” dado aos pais. 2. O hábito mais ou menos generalizado de adultos não fumarem na frente dos pais, por considerá-lo um ato desrespeitoso. 3. A pessoa declarar que “perdeu o voto” por haver votado, em uma eleição, em um candidato que não se elegeu. 4. O hábito também mais ou menos generalizado de não tomar água gelada, alegando que fazia mal. Pelleberto Rogrino MODA Ano de 1951. Aos 14 anos, eu me vestia à italiana, com roupas trazidas de Roma. Minhas calças eram curtas, bem curtas. Meus coetâneos ourin

JOÃO NEVES - UM ARMAZÉM EM TRÊS TEMPOS

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Meu avô, José das Neves Júnior, quando transferiu sua residência para Ourinhos, em 1930(morava na Fazenda da Figueira, de sua propriedade no município de São Pedro do Turvo), montou um armazém de secos e molhados denominado “Casa Ourinhense” que pretendia entregar deixar aos cuidados dos filhos homens. Matriculou os dois mais velhos, João e José, no curso comercial do Instituto Rui Barbosa do prof. Constantino Molina, na Avenida Altino Arantes, e colocou-os à frente do armazém. Com a ida do filho José para o Exército (1933), o ponto comercial foi assumido pelo irmão João que mudou a razão social para “Armazém do Povo”; à frente desse estabelecimento ele permaneceu até 1943 quando se mudou para Avaré, cidade natal da esposa Henriqueta, a família aumentada com o nascimento do filho Jefferson. O casal retornou para Ourinhos em 1946, e o armazém reaberto, agora com a denominação “Casa dos Lavradores”. Esse é estabelecimento de que me lembro, pois nasci no ano seguinte, 1947. Eu era freguês

FALA ROBERTO PELLEGRINO

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Foto: encontro de Ourinhenses em São Paulo Roberto Pellegrino, filho do Rodolfo, está relatando fatos do seu passado, em e-mails que encaminha para os amigos. Pedi-lhe autorização para inserí-los em Memórias. NATAL Muito estranho o Natal de 1951, meu primeiro no Trópico do Capricórnio: aquele calor ourinhense não tinha nada a ver. Lembrei-me da última Missa do Galo a que havia assistido em Roma, na igreja de Santa Agnese, na Via Nomentana, perto da nossa casa. Isso em 1950. Fazia um frio danado. Não que eu sentisse falta do frio, pois o calor, mesmo excessivo, é mais agradável e fácil de suportar. Mas que o Natal tropical não combinava com minhas raízes e com meus usos e costumes era fora de dúvida. Hoje, no entanto, para mim, Natal sem calor é como amor sem beijo ou macarrão sem queijo. Totalmente sem graça. CHEGADA AO BRASIL Uma das coisas estranhas que achei ao chegar ao Brasil – e acho até hoje, embora eu já viva aqui há 58 anos – foi o jeito de os brasileiros contarem nos dedos.

TITO SCHIPA EM OURINHOS

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TITO SCHIPA, nascido Raffaele Attilio Amadeo (1889-1965), foi um tenor italiano que se especializou nos papéis mais leves do repertório italiano e francês. O auge de sua carreira foi no período entre guerras. Sua voz era pequena, porém elegante e bonita, usada com um fraseado aristocrático e impecável dicção. Em 1961 publicou uma autobiografia denominada “Si Confessa” (Dados - The Complete Dictionary of Opera & Operetta por James Anderson). Pois é, no início dos anos de 1950, o tenor esteve em Ourinhos, se apresentando no cinema local. Algumas famílias italianas que cultivavam a ópera não perderam a oportunidade e lhe ofereceram recepções em suas casas. É o que vemos nessa foto na residência de Rafael Fittipaldi. O tenor está ao centro da mesa, vendo-se da esquerda para a direita: Henrique Fittipaldi, Otávio Fittipaldi Fontana, Demétrio Gardin, Fernando Aldo Cesar Fittipaldi, Milton Fittipaldi, Rafael Fittipaldi, Rodolfo Pellegrino, Roberto Pellegrino, José Fittipaldi Lucente e o

"O CORREIO DE OURINHOS"

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Esse teria sido o primeiro jornal de Ourinhos. Exemplar nº 7, de 9 de dezembro de 1917. Editor José Martinho

FAPI 1977 - PAULO DA ROCHA CAMARGO - SECRETÁRIO DE ESTADO DA AGRICULTURA

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A foto, por Francisco de Almeida Lopes, registra o momento do hasteamento de bandeiras por ocasião da edição 1977 da FAPI. Era prefeito na ocasião (1977-1983), o engenheiro Aldo Matachana Thomé. Tendo comparecido à abertura da feira, vemos ao centro o Secretário de Estado da Agricultura, engenheiro agrônomo Paulo da Rocha Camargo, natural de Rezende (RJ). Também hasteando bandeira, à direita o prefeito Aldo e à esquerda Fernando Quagliato. Entre os presentes o padre Bernardino da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Marcos Ferreira de Sá, o vereador Antonio Carlos Nunes Surumba, o ex-prefeito Antonio Luiz Ferreira. Paulo da Rocha Camargo, n. Resende 02-VI-1920. Engenheiro agrônomo, formado pela Escola Superior de Agricultura de Lavras, MG. Fez curso especializado na Universidade de Nebraska, EU. Ex-Diretor da Divisão de Mecanização Agrícola, DEMA, instalando Postos em mais de 30 unidades em cidades paulistas. Organizou o 1.o Simpósio sobre fabricação de Tratores e Implementos A

OS BAZARES DE OURINHOS - O BAZAR DO JORGE

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Na minha infância e adolescência, havia em Ourinhos três bazares que ficaram marcados na memória da cidade: o do Pedrinho, o da Janda e o do Jorge. O primeiro “pra baixo da linha”; os outros dois “pra cima da linha” (ferrovia que corta a cidade). Pedro Abujamra tinha o seu bazar no início da Rua Antônio Prado. Filho de tradicional família da cidade era a simpatia em pessoa. Muitas vezes, ainda criança, perguntava-me: Como é que ele sabe tudo que tem à venda em seu bazar? Ali trabalhou até adoecer e morrer. Uma de suas filhas deu continuidade ao comércio do pai até pouco tempo, em novo endereço. Outro estabelecimento que fez história e ainda existe é o “Bazar da Janda”, na Rua do Expedicionário especializado em armarinhos e papelaria. Janda, de antiga família de Ourinhos, era esposa do conhecidíssimo Mistugui Canda. Hoje, Simone, filha do casal, está à frente do bazar. O Bazar do Jorge estava instalado na Rua Paraná, ao lado do conhecidíssimo Bar do Daniel (Daniel Leirião, famoso zag

CASAMENTO DE NEUSA THOMÉ (1957) E GINCANA DE RUA EM OURINHOS

Assista ao casamento de Neusa Tocalino Thomé e Paulo Miguel de Oliveira em 1957. Foi muito bom ver a figura alegre de Zico Nicolosi tocando acordeão; a Nanci como a conheci naqueles anos recém-casada com o Bertico Soares; o Tufy e Julio Zaki e muitas outras pessoas. Outro detalhe importante é a cena do casamento na Igreja Matriz onde se vê o antigo altar em mármore, hoje, retirado de lá. Um documento histórico. Igualmente importante é a filmagem de uma gincana na praça Melo Peixoto com a população se divertindo com inúmeras brincadeiras. O casamento está nesta URL: http://www.youtube.com/watch?v=sQwdIc3-fRA O outro é um filme de uma gincana de rua, que foi muito comum nos anos 1950. Neuza Thomé aparece mordendo uma maçã. http://www.youtube.com/watch?v=_K6ehlPwPYU Os dois documentos pertencem a Valéria Thomé de Oliveira, a quem agradeço pelo aviso sobre a disponibilização no You Tube.

AS FIGUEIRAS DA PRAÇA MELO PEIXOTO

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Não se esqueça de clicar sobre a foto. Já falamos aqui das "Andá-açu" que ainda estão a embelezar a praça mais antiga de Ourinhos. Esta foto, feita por meu pai no limiar dos anos 1950, chamou minha atenção para a espécie de Figueira denominada figueira benjamim, originária da Índia. Ela se desenvolve rapidamente, o que me leva a crer que suas mudas tenham sido plantadas na praça durante os anos 1940. Com copas largas, elas propiciavam abrigo para o sol escaldante que predomina em nossa cidade na maior parte do ano. Numa época em que os bancos de pedra tinham encosto, eles eram, portanto, bastante utilizados. Seu grande problema é o fato de as raízes deformarem o piso. Em seus troncos, bandos de andorinhas faziam moradia. Ao final da tarde era uma beleza a revoada que faziam pelo céu da cidade. Em compensação, havia a sujeira que deixavam sobre os bancos e piso interno da praça, o que levou a administração municipal a adotar medidas para expulsá-las da cidade. Nos anos 195

SETE DE SETEMBRO DE 1954

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Voltando a falar da participação do Educandário Santo Antônio, nos desfiles de Sete de Setembro, temos aqui uma foto de 1954. O local é a confluência da Avenida Altino Arantes com a Praça Melo Peixoto, vendo-se ao fundo parte da casa da família de Francisco Mayoral, onde na frente funcionou o Bar Internacional e, mais tarde o Bar Paratodos, do genro de Francisco, Mário Ribeiro da Silva. Uma parte do prédio abrigava a Alfaiataria Lider, uma das mais antigas da cidade. Mais acima vê-se o prédio do Cartório e residência, na parte superior, de Abrahão Abujamra. Desfilam os alunos (as) do Curso Pré-Primário. Em primeiro plano, vemos portando a Bandeira Brasileira a garota Maria Vitória Silvestrini Brisola, com seu lindo cabelo loiro encaracolado, e, abrindo o pelotão dessa turma, o garoto José Carlos Neves Lopes. Os alunos do Curso Pré-Primário trajavam uma roupa de marinheiro em branco com detalhes em azul, feita especialmente para essa ocasião. Após o desfile, o garoto foi levado par

OS MIGLIARI

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A foto que vemos é de 24/8/1939. Ela nos mostra um grupo de pessoas à frente de um caminhão estacionado à porta da Fundição de Ferro e Bronze, Serraria e Fábrica de Veículos Narciso Migliari & Irmão, na Avenida Jacinto Sá. Motivou a foto, a enorme tora procedente da Fazenda São João, medindo 6426 m2. Os Migliari acham-se à esquerda. A presença dos Migliari na região remonta às origens de Ourinhos. Henrique Migliari, natural de Rovigo, Itália, chegou a Ourinhos em 1910. A família Migliari iniciou suas atividades na cidade no ramo industrial. Seu filho Narciso casou-se com Cisira Sândano, filha de Heráclito Sândano, natural de Pádova, também um dos pioneiros de Ourinhos. Narciso foi o proprietário do primeiro cinema da cidade – o Tizim. Os filhos deram continuidade às atividades do pai até os anos 1980. A descendência de Narciso e Cisira fincou sólidas raízes na cidade, destacando-se na política por meio de Lauro Migliari, vereador e prefeito municipal, e na medicina na pesso

O GAROTO E SUA BICICLETA, A BANCA DE JORNAIS E REVISTAS E A SIBIPIRUNA

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Durante muitos anos estive à procura desta fotografia de cuja existência eu tinha certeza. Uma busca apurada em negativos de meu pai me fez encontrá-la. Por que o interesse nela? Não pela minha presença no centro dela, e sim pela banca de revistas que aparece atrás. Ela foi a primeira banca de revistas e jornais de Ourinhos. Localizava-se entre o Bar e Café Paulista, dos irmãos Zaki, e a velha Igreja Matriz na Praça Melo Peixoto, portanto, numa posição estratégica. Quem teria sido o dono? Segundo o ourinhense João Previdelli era um baiano de aproximadamente 60 anos chamado Bandeira. O ano? Deve ser 1956 ou 1957. Nela também se vê uma das jovens mudas de sibipirunas plantadas pelo prefeito Domingos Camerlingo Caló em sua primeira gestão (1952-1955). Segundo relato da jornalista Vera Brandt http://www.verabrant.com.br/principal.htm era desejo do presidente Juscelino ser enterrado à sombra de uma sibipiruna: "Certa vez em que o Juscelino, Carlos Murilo, Déa e eu fomos ao cemitér

O DESFILE DE SETE DE SETEMBRO (7-9-1959)

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Clique sobre a imagem para vê-la no tamanho original. O Colégio Santo Antônio, instituição privada de ensino mantida pelas Irmãnzinhas da Imaculada Conceição, se esmerava na organização do desfile de Sete de Setembro. Dispondo de mais recursos que as escolas estaduais, quase sempre levava os principais prêmios. Esta foto (7-9-1959), na Avenida Altino Arantes, altura da Praça Melo Peixoto, nos dá uma ideia do que era o desfile do Colégio Santo Antônio. Abrindo-o vinha um carro alegórico enfeitado com vasos contendo copos-de-leite naturais. Era uma homenagem à filha do imperador d. Pedro I, a princesa d. Maria da Glória, representada pela aluna Nilce Maria Ferrari, filha de Nilo e Luisa Ferrari. Ao seu lado dois garotos, o que está à direita era o filho caçula do casal drº Hermelino e Tata de Leão, Carlos Alberto, já falecido. Após o desfile, Nilce foi ao estúdio fotográfico e posou como princesa.

PRAÇA MELO PEIXOTO, ANOS 1930

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Eis uma foto interessante feita por Francisco de Almeida Lopes, nos anos 1930, antes do novo paisagismo dado à Praça Melo Peixoto pela administração Benedito Martins de Camargo, em 1937. Por ela é possível se verificar que as Andá-Açu já haviam sido plantadas.

O FARMACÊUTICO EDMUNDO DE OLIVEIRA MATOSINHO

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Na minha infância, o farmacêutico era uma das pessoas mais respeitadas na cidade. Muitos deles não tinham diploma na área, não haviam freqüentado escolas específicas, mas haviam adquirido conhecimentos por meio da prática iniciada já bem cedo e de muito estudo. Lembro-me de três deles que fizeram história na cidade: o srº Aimoré, que tinha um filho também chamado José Carlos, da mesma idade que eu; o srº Mário, da Farmácia Central, ao lado do Grêmio Recreativo de Ourinhos, cuja filha Maria Alice é minha amiga de longa data,  José Braz, da Rua Paraná, o farmaceêutico Arruda da Rua Paraná.Esses foram aqueles com os quais mantive contato. Em agosto completou-se dez anos do falecimento de Edmundo de Oliveira Matosinho. Ao escrever sobre ele, aproveito a ocasião para homenagear todos os antigos farmacêuticos com os quais convivi na minha infância e adolescência. Edmundo de Oliveira Matosinho nasceu em 13 de maio de 1921, em Dois Córregos (SP), tendo vivido a primeira infância na área r

A "BANDEIRA CIDADE DE OURINHOS", 1940.

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Em 1º de setembro de 1940, partia de Ourinhos um grupo de jovens em direção ao rio Paraná até o porto de Guaíra, na divisa com o Paraguai. Os participantes dessa expedição, denominada “Bandeira de Ourinhos”, tinham como objetivo estudar as riquezas do Brasil desconhecido. Chefiava-a o profº José Maria Paschoalick, do Grupo Escolar local. O percurso foi feito por canoa seguindo as margens do rio Paraná. "A Voz do Povo" 14-9-1940 Bandeira Cidade de Ourinhos Foi muito festiva a sua passagem por Salto Grande. Conforme noticiamos em  nossa edição passada, os componentes da Bandeira «Cidade de Ourinhos» daqui partiram  no dia l.o do corrente mês para a sua arrojada viagem até Guaíra, ponto final da jornada. Daqui até a cidade de Salto Grande, foram os mesmos acompanhados pelo sr. Horacio Soares, digno e esforçado prefeito municipal desta cidade. Chegando a cidade de Salto Grande, pelas  16 e meia horas, grande massa popular aguardava-os na piscina do Esporte Clube Paranápanem

OSWALDO EGÍDIO BRISOLA

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(Clique sobre a foto) Interessante foto feita por meu pai no Programa de Homero Silva, quando se divulgava a realização da  FAPI, em 1967. Homero está entrevistando o padre Arnaldo Beltrami, vigário local. A partir da esquerda o jornalista Salvador Fernandes, o vice-prefeito Osvaldo Egídio Brisola, o vereador João Newton Cesar (que foi prefeito interino), pde Arnaldo, o prefeito Domingos Camerlingo Caló e o ex-prefeito drº Hermelino Agnes de Leão. Sem dúvida, uma bela foto com um ângulo muito interessante ao focalizar câmera de tv. Brisola, ex-prefeito, vereador por várias legislaturas, comerciante, partiu dia 7/8. Muito estimado na cidade, era casado com Regina Silvestrini. Foi vizinho de meus pais por muitos anos e lembro-me deles todos com muitas saudades. À família os sentimentos de "Memórias Ourinhenses". Ele aparece nessa foto de uma reunião de amigos no clube Diacui, segurando uma faca .

TRÊS MOMENTOS DA VISITA DO MARECHAL LOTT A OURINHOS (1960).

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Os dois partidos políticos que lançaram a candidatura do marechal Lott, PSD e PTB sempre tiveram forte penetração entre os eleitores ourinhenses. Desse modo, a cidade recebeu a visita do candidato durante a campanha eleitoral de 1960. Nessas três fotos do acervo do jornalista Dirceu Bento da Silva identificamos no coreto da Praça Melo Peixoto: · o marechal Henrique Teixeira Lott, de óculos escuro; · o jornalista Miguel Farah; · a srª Maria Aurora Gomes de Leão (Tatá), esposa do drº Hermelino de Leão; · o deputado federal Ulisses Guimarães, do PSD; · o deputado federal da região, Antonio Silvio Cunha Bueno, do PSD; · Dirceu Bento da Silva, repórter da Rádio Clube de Ourinhos. E assim

ULISSES GUIMARÃES, O TRIBUNO (*06/10/1916 +12/10/1992)

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(Clique sobre a foto) Ulisses Guimarães, natural do Rio Claro (SP), advogado, ingressou na política em 1947, quando foi eleito deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD). Em 1950, elegeu-se deputado federal, função que exerceu ao longo de onze mandatos consecutivos. Foi Ministro da Indústria e Comércio durante o regime parlamentarista. Após a extinção dos partidos políticos em 1966 foram criados a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro – MDB. Ulisses ingressou nesse último. Em 1973, foi anticandidato à presidência da República em protesto contra a farsa da eleição indireta. Com a volta do bipartidarismo em 1979, tornou-se presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB. Foi um dos principais líderes do movimento das “Diretas Já”, no início de 1980. Na eleição indireta de 1984, Ulisses foi o articulador da candidatura de Tancredo Neves, que foi vitoriosa. Presidiu a Assembléia Nacional Constituinte de 1988. Na eleição di

VERA LUCIA COUTO DOS SANTOS, MISS BRASIL 1964, EM OURINHOS

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Já tivemos a oportunidade de escrever sobre a visita de Vera Lúcia Couto dos Santos, a Miss Brasil de 1964, a Ourinhos. Como há outra foto feita por meu pai na ocasião, retomo o assunto, aproveitando para transcrever trecho do artigo (“Do preconceito de cor”) que a escritora Rachel de Queiroz escreveu para a revista “O Cruzeiro”, de 17/10/1964: “Vejam o tremendo impacto publicitário que representou a eleição da linda Miss Guanabara. Numa eleição onde as brancas concorriam em maioria, fizemos Miss Brasil, Vera Lúcia Couto, mulata daquela estirpe que, com grande propriedade, se chama imperial. Mulata imperial, palmeira imperial, modinha imperial - qualquer coisa que é ao mesmo tempo belo, tradicional, emocionante e majestoso. E o êxito de Vera Lúcia lá fora, a simpatia geral com que a receberam, representa não só o sucesso pessoal da beleza da môça, como também o que ela significa para uma humanidade exausta de ódios, de preconceitos mesquinhos - a alegria da boa mistura, a liberda

A NOVA AGÊNCIA DOS CORREIOS

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Em 25 de setembro de 1950, meu pai fotografava o lançamento da pedra fundamental do novo prédio dos "Correios e Telégrafos". A foto captou, em primeiro plano, um belo perfil do saudoso padre Eduardo Murante, vigário local, que fora dar a benção. Em segundo plano, são vistos da direita para a esquerda: Virgílio Varago, antigo morador da cidade que tinha com os filhos uma importante marcenaria na rua Antonio Carlos Mori; Ezelino Zório, construtor, responsável pela edificação da nova igreja matriz e de um grande número de residências da cidade a partir de meados dos anos 1940(era sobrinho de Henrique Tocalino) e Tibério Bastos Sobrinho, por muitos anos tesoureiro da prefeitura municipal, depositário da história local e ainda firme entre nós. É o pai de Vânia Bastos, intérprete renomada da música popular brasileira e do vereador Euler Bastos. (Publicado na "Folha de Ourinhos")

AMIGAS NO ESTÚDIO FOTOGRÁFICO

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A ida ao estúdio fotográfico era uma constante nos anos 1950. Por mais que fotos fossem feitas domesticamente, a ida ao estúdio era obrigatória em determinadas ocasiões: primeira comunhão, formatura, casamento. Grupos de amigos (as) também costumavam se fazer fotografar em estúdio. Aqui vemos um grupo de meninas da minha geração formando um conjunto muito bonito, registrado em 11 de maio de 1958. Em pé, da esquerda para a direita: Sonia Cotrim, Dilma de Freitas, Lisandre Castelo Branco, Zoé Machado Branco, Marilene Vinci, Sonia Diniz e Maria Cristina Duarte de Souza. Sentadas: Loanda Maria Castelo Branco, Marisa Trench de Medeiros e Nielse Maria dos Santos. Como dizia o poeta Manuel Bandeira (Passado, presente e futuro, Nova Fronteira, 1993, 20ª ed): "Só o passado verdadeiramente nos pertence. O presente... O presente não existe: Le moment où je parle est déjà loin de moi. O futuro diz o povo a Deus pertence. Publicado na Folha de Ourinhos) A Deus, ora adeus !" (Publicado

LUIZ RODRIGUES DE SOUZA, UM VOLUNTÁRIO DE 1932

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Luis Rodrigues de Souza, voluntário ourinhense em 1932, perdeu sua vida na Revolução Paulista. Na ocasião, havia-se formado um batalhão denominado "Teopompo", do qual subsistem algumas fotos. O profº Constantino Molina, espanhol que residiu muitos anos em Ourinhos e foi o fundador do Instituto Rui Barbosa, instituição privada de ensino, escreveu um livro narrando os acontecimentos de 1932 na cidade. (no museu há uma cópia dessa publicação). Quando da ocasião da ida dos restos mortais do jovem voluntário para o mausoléu existente no Parque do Ibirapuera, realizou-se uma cerimônia, na Praça Melo Peixoto, ocasião em que foi feita esta foto (desconheço a autoria). Nela vemos dois párocos da cidade: de braços cruzados, Domingos Trivi, italiano que conduziu por muitos anos a Paróquia do Senhor Bom Jesus e Duílio, também italiano, que permaneceu muito tempo à frente do Seminário Josefino. À direita, em primeiro plano, de mãos cruzadas, o prefeito à época, profº José Maria Pas

Drº Hermelino Agnes de Leão (1903-1973)

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  Publicado na "Folha de Ourinhos, 25-12-2004" Foi prefeito de Ourinhos por três vezes. Com a eclosão da Revolução de 1930, tornou-se "governador civil" da cidade, uma vez que o PRP teve de deixar o poder. Nessa mesma condição, foi nomeado pelo interventor de São Paulo, João Alberto, em 1932. Esses dois períodos foram bastante curtos. Durante o Estado Novo (1937-1945), seu nome foi novamente lembrado para conduzir os destinos da cidade. Isso ocorreu em 1941, tendo a sua permanência se estendido até 1945. Nesse período de quatro anos, mostrou-se um administrador competente, tendo resolvido o problema que se arrastava há anos - o da captação da água potável. Até então, o fornecimento se dava via Rio Turvo e a água fornecida não era de boa qualidade. Por ocasião do primeiro aniversário do seu governo, em 4/11/1942, esse problema já havia sido resolvido e uma água de boa qualidade jorrava nas torneiras da cidade. As comemorações que se fizeram nessa ocasião: desf

O BAR DO "CHICO MANCO"

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Publicado na "Folha de Ourinhos", de 14-11-2004 Até quase o final da década de quarenta do século passado, na rua São Paulo, esquina com a Expedicionário (antiga Piauí), havia um bar que fez história na cidade pela simpatia dos proprietários e pelos quitutes que ali eram servidos. Refiro-me ao Bar do “Chico Manco”. Quem era ele? Português da Freguesia de Figueira de Lorvão, no município de Penacova, Francisco Simões de Souza, nasceu em 29 de agosto de 1880. Casou-se com Micaela de Jesus com quem teve duas filhas: Maria Amélia de Souza (Galvão) e Belarmina de Jesus Souza (Leal). Veio para o Brasil em 1906, indo trabalhar como mestre de obras no Arsenal de Guerra de Deodoro, (RJ) durante o governo do Marechal Hermes da Fonseca. Em 1909, atendendo ao apelo de patrícios, foi para o Estado de São Paulo participar da derrubada de matas, época em que sofreu o acidente que lhe valeu o apelido de “Chico Manco”. Em 1914, estabeleceu-se em Ourinhos, tendo trabalhado

OS PRIMÓRDIOS DO BASQUETE EM OURINHOS - O TIME DA COMPANHIA FERROVIÁRIA SÃO PAULO-PARANÁ

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  A alta administração da SPP e alguns jogadores do time de basquete: em pé (4) Engenheiro Wallace Morton,superintendente (6) Benedito Monteiro, contador, (8) Luiz Zanoto, (9) Hermínio Socci, chefe de tráfego Alberico Albano é último, sentado, à direita. No centro, Alberico Albano (Bio) que trabalhou posteriormente, na Sanbra,  por muitos anos e foi também vereador na Primeira Legislatura (1948-1951). Ladeando Bio,   dois mascotes do time, os irmãos  Cyro e Cássio Teixeira Tucunduva. Em Ourinhos, essa modalidade começou a ser praticada no ambiente esportivo dos empregados da Companha Ferroviária São Paulo-Paraná que, além de um excelente time de futebol, formou também um de basquete. Os  treinos e os jogos eram realizados na quadra da SPP, que ficava nas imediações da Avenida Rodrigues Alves, atrás das residências dos administradores. Em 26-10-1940, o jornal "A Voz do Povo" publicava uma nota:                                    " S.P.P.