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Mostrando postagens de novembro, 2014

INÊS SOUZA LEAL, A MESTRA E SEUS ALUNOS

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Era uma mulher baixinha, de voz pausada, e com excelente dicção; sempre antenada com o que acontecia no mundo à sua volta. Dedicada aos pais, irmãos e sobrinhos.  Nossas famílias eram unidas por laços muito antigos de amizade. Nossos avós foram compadres. Inês, colega de turma no Ginásio de Ourinhos, anos 1940, de meu tio Herculano Neves. Todas as vezes em que eu ia a Ourinhos para visitar minha mãe, íamos até a casa de dona Belarmina, mãe de Inês. Lá a conversa corria solta entre nós: Belarmina (lúcida até os 100 anos), Inês, o irmão Celso, eu e minha mãe.  Belarmina, era  filha de Francisco Simões de Souza, o “Chico Manco”, português, estabelecido em Ourinhos com o famoso “Bar do Chico Manco”, na rua São Paulo, em frente ao cine Cassino. A irmã de Belarmina, Amélia, foi casada Jorge Galvão, empregado da SPP e irmão da "Janda" (Bazar) . Edde uma  das filhas desse casal foi colega de meu pai na Rede de Viação Paraná-Santa Catarina - RVPSC. O marido de dona Belarmina,

PEDRO ALEIXO, VICE PRESIDENTE, NA 1ª FAPI DE OURINHOS

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A primeira  Feira Agro Pecuária Industrial - Fapi foi realizada em maio de 1967. Domingos Camerlingo Caló, em seu segundo mandato, e ra prefeito de Ourinhos, Segundo o jornal "O Progresso de Ourinhos",  mais de 80.000 pessoas estiveram em visita à feira. Foram montados 74 estandes  e 12 pavilhões que contaram com mais de 300 expositores. Sem dúvida,  um sucesso para a cidade. Esteve presente à Feira, no dia 20 de maio, o vice-presidente da República, Pedro Aleixo, o governador do Paraná Paulo Pimentel e o deputado Herbert Levy, representando o governador Abreu Sodré e outras autoridades. Foi-lhes oferecido um almoço no Bar e Restaurante Ipê. Em seguida, o vice-presidente visitou também a maior indústria da cidade na época, a Sociedade Algodoeira Brasileira - Sanbra, onde o gerente José Fernandes de Souza ofereceu um coquete à comitiva. Meu pai era um entusiasta da Fapi, a qual fotografou até o final dos anos 1970. Esta bela foto mostra a comitiva deixando

MARIA INÊS DE CAMARGO PIRES, UMA PROFESSORA PRIMÁRIA EM INÍCIO DE CARREIRA, NO FINAL DOS ANOS 1930

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As primeiras escolas municipais (escolas isoladas) de Ourinhos foram instaladas nos anos 1930, para atender à população em idade da zona rural.  O sistema de ensino municipal  de Ourinhos foi criado em 1937. Maria Inês de Camargo Pires, professora primária recém formada, que tive a felicidade de conhecer na condição de  bibliotecária do Instituto de Educação Horácio Soares, veio para Ourinhos em abril de 1937. O prefeito na ocasião era Benedito Martins de Camargo, amigo da família da jovem professora.  Ela nascera em Amparo (SP), filha de Raul Pires e Judith de Camargo Pires (25-1-1919). Fez o curso normal em sua terra natal, tendo obtido a média geral 94.Graduou-se em 19-1-1936.  Foto de formatura   Professora Maria Inês fotografada por Frederico Hahn Maria Inês era  irmã do drº Luiz de Camargo Pires que, recém formado, havia constituído uma clínica em Ourinhos, onde conheceu a jovem   Mercedes Matachana, com quem contraiu matrimônio.  A professora Maria Inês

HOMENAGEM AO TIRO DE GUERRA - TURMAS DE 1939 - 1942 - 1948

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Desde a instituição do Tiro de Guerra, após a campanha desencadeada na segunda década do século passado por Olavo Bilac, os reservista fazem o juramento à Bandeira Nacional.  A linha de tiro em Ourinhos passou a existir a partir de 1938. No ano seguinte, a primeira turma, por sinal muito grande, fez o o compromisso à bandeira. Era costume a escolha de uma madrinha e, às vezes, de damas de honra. Foi assim com a primeira turma que aparece nesta bela foto, com certeza de autoria do fotógrafo profissional alemão Frederico Hahn. Foram elas:  Madrinha, a professora Helena Orsi Portugal de Souza (esposa do drº Ovídio) Damas: Cibela Sá e Lilica Cunha Instrutor: 2º sargento Josias da Silva Entre os participantes dessa turma estão Jairo Teixeira Diniz, que foi o primeiro colocado,   Oriente Mori, Alvaro Cretuchi, David Gomes de Souza (parente do Brigadeiro Eduardo Gomes), Alcides Macedo Carvalho, Humberto Rosa, Paulo Matachana, Helio Cerqueira Leite, Assad e Aniz Abujamra, Dirceu

DOM CARLOS DUARTE COSTA, BISPO DE BOTUCATU, EM VISITA A OURINHOS.

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Dom Carlos Duarte Costa (1888-1961) foi o segundo bispo da Diocese de Botucatu. Nessa condição ele esteve à frente da Diocese de 1925 a 1937. Nascido no Rio de Janeiro, estudou no Colégio Internato Pio-Latino Americano, em Roma, e no Seminário Filosófico e Teológico em Uberaba. Foi ordenado padre em 1911.  Foi Vigário Geral da Arquidiocese do Rio de Janeiro, tendo sido nomeado  Bispo de Botucatu por Pio XI, em 1924. Tomou  posse em 2-2-1925. "Mais político do que prelado", como afirma o autor do livro "Memórias de Botucatu", Armando M. Delmanto, a atuação de Dom Carlos à frente da diocese desagradou a muitos chefes políticos. Ele organizou, em 1932,  um "Batalhão do Bispo" para lutar na Revolução Paulista . Suas atividades à frente da Diocese de Botucatu acabaram por desagradar à Santa Sé, o que levou a sua exoneração em  1937. Nomeado "Bispo de Maura" (sem diocese),  retornou  ao Rio de Janeiro. Suas críticas a muitos pontos da dout