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Mostrando postagens de novembro, 2013

RODOLFO PELLEGRINO, UM ITALIANO E A EDUCAÇÃO PÚBLICA PAULISTA NOS ANOS 1950

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Rodolfo Pellegrino (Sicília 1908-Sta Cruz do Rio Pardo 1995) veio para o Brasil juntamente com a esposa (Maria), nascida neste país, e os dois filhos Franco e Roberto em 1951. A família no navio que os trouxe para o Brasil. Estabeleceram-se em Ourinhos, onde estavam os parentes Brandimarte, desde os anos 1940. Rodolfo abriu na cidade uma loja  - a "Casa dos Acumuladores". Em pouquíssimo tempo granjeou o respeito e a amizade de todos os que o conheceram. Como imigrante tinha muito amor pela terra que o recebera, e reconhecia  as possibilidades que o ensino público paulista oferecia a seus filhos. O discurso em italiano (traduzido por Roberto a meu pedido) que pronunciou por ocasião de um jantar oferecido à equipe de professores e direção do Ginásio de Ourinhos, em agosto de 1956, testemunha essa gratidão.  Ele foi publicado no jornal do Grêmio Estudantil "Rui Barbosa - "A Voz do Estudante", do CEEN "Horácio Soares".

A 4 SÉRIE A DE 1956 DO IEHS DE OURINHOS

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Quando ingressei no curso ginasial do Instituto de Educação Horácio Soares, em 1959,  havia na minha classe de 1ª série alguns veteranos - os repetentes. A repetência, prevista em lei,  era aplicada sem dó nem piedade,  e alguns professores se valiam dos instrumentos de avaliação para coibir a algazarra em classe. Com isso, muitos estudantes tinham às vezes sua nota de prova dividida por 2 devido a uma chamada oral repentina. Comigo isso aconteceu muitas vezes com Padre Felipe Dimants, professor de inglês, embora eu não fosse dos mais levados. Corriam soltas,  pela transmissão oral dos veteranos, as narrativas das façanhas das turmas que nos antecederam. A 4ª série A de 1956 foi uma das mais famosas. É essa turma de jovens, hoje quase todos setentões, que vemos na foto daquele ano. São eles: Clique sobre a foto para maior visibilidade.   Quarta Série A de 1956 Última fila, em pé, da esquerda para a direita: Joaquim Luiz Bessa Neto, Roberto Abucham, Mario Takaes, J

A PRIMEIRA TURMA DO TIRO DE GUERRA DE OURINHOS - O COMPROMISSO À BANDEIRA

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(Clique sobre a foto para melhor visualização) Desde a instituição do Tiro de Guerra, após a campanha desencadeada na segunda década do século passado por Olavo Bilac, os reservista fazem o juramento à Bandeira Nacional.  A linha de tiro em Ourinhos passou a existir a partir de 1938. No ano seguinte, a primeira turma, por sinal muito grande, fez o o compromisso à bandeira. Era costume a escolha de uma madrinha e, às vezes, de damas de honra. Foi assim com a primeira turma que aparece nesta bela foto, com certeza de autoria do fotógrafo profissional alemão Frederico Hahn. Foram elas:  Madrinha, a professora Helena Orsi Portugal de Souza (esposa do drº Ovídio) Damas: Cibela Sá e Lilica Cunha Instrutor: 2º sargento Josias Silva Jairo Teixeira Diniz é, talvez, o único remanescente dessa turma,  da qual foi o primeiro colocado. Participaram dela entre outros: Oriente Mori, Alvaro Cretuchi, David Gomes de Souza (parente do Brigadeiro Eduardo Gomes), Alcides Macedo Carvalho, Hu

UM ATO DE FÉ CATÓLICO NO PASSADO DE OURINHOS

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Clique sobre a foto Há muitos anos eu desejava divulgar essa foto do passado de Ourinhos. Esperava poder indicar que momento foi esse e qual o local em que a foto foi tomada.  A espera foi em vão, pois embora tenha na memória a casa que  aparece parcialmente na foto, e cujo o proprietário aparece parcialmente na varanda, não sei dizer onde ela se situava. Foi uma ocasião importante, pois estava presente o Bispo de Botucatu sob o pálio carregado por paroquianos. Ele está parado olhando para a casa em questão Com certeza a ocasião está compreendida entre 8 de agosto de 1937 e 20 de março de 1941. Por que a certeza? Porque está presente à esquerda da foto o cônego Miguel dos Reis Mello,  que foi o pároco durante esse período. Ele foi sucedido pelo padre Eduardo Murante. O Bispo de Botucatu era Dom Luiz Maria Sant'Anna   (1886-1946) Em primeiro plano se veem  senhoras da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, membros da Congregação Mariana e algumas integrantes das Fil

MEMÓRIAS DO ESPORTE EM OURINHOS

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15-8-1944 O professor Carlos Lopes Baia, continuando sua pesquisa sobre a história do futebol em Ourinhos enviou as relíquias abaixo: Volei - 1960 A foto foi publicada pela Sandra Carvalho Lopes Migliari (Cuiabá-MS) no facebook, filha do Maximo Lopes Gonzales, o primeiro em pé. Também vemos ali o Roberto Miwa e o Furlanetto como goleiro. Se alguém puder ajudar na identificação, desde já agradeço.

MIGUEL CURY, ALFREDO DEVIENNE E O CHEVROLET MASTER - UMA VIAGEM A SÃO PAULO NOS ANOS 1930

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Era uma vez dois amigos. Ambos não eram ourinhenses. O mais velho era imigrante, nascido em Kfeir, cidade síria, hoje integrante do Líbano.  O mais jovem, nascido em Campinas, neto de um francês, ourives estabelecido na rua do Rosário na segunda metade do século XIX. Ambos não tinham recursos e foram tentar a sorte em uma pequena cidade paulista localizada na nova fronteira cafeeira - Ourinhos.  Casaram-se em Ourinhos, o mais velho com uma das filhas do pioneiroourinhense, José Fernandes Grillo (Benedita). O outro com uma jovem nascida na vizinha Cambará, Isolina Cattai. O mais velho era Miguel Cury, o mais jovem Alfredo Devienne. Miguel Cury se estabeleceu em Ourinhos como sapateiro, mas o tino comercial que trazia no sangue levou-o a outros empreendimentos. Alfredo, que viera para Ourinhos com o primo Francisco de Almeida Lopes, estabeleceu-se de início com a empreitada de pintura de casas. Miguel e Alfredo tinham em comum a paixão por carros. Miguel obteve a con