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Mostrando postagens de 2007

LEMBRANÇAS DO VELHO GINÁSIO

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Uma homenagem à minha amiga, professora Inês de Souza Leal, responsável pela alfabetização de muitos ourinhenses. O Ginásio Estadual de foi criado pela Lei nº 7, de 23 de fevereiro de 1948, no governo de Ademar de Barros. A sua instalação ocorreu no dia 5 de agosto do mesmo ano. Desse modo, ele passou a coexistir com o antigo Ginásio de Ourinhos, criado pelo professor José Augusto de Oliveira, em 1939, o qual  era uma instituição privada com subvenção da prefeitura. Em 1946, o Ginásio de Ourinhos passou a contar com a primeira Escola Normal de Ourinhos, sob a direção do drº João Batista de Medeiros. Foi, assim, responsável pelas primeiras normalistas de Ourinhos, cuja formatura ocorreu no dia 10 de dezembro de 1949. Eram elas: Anair Ferreira, Anayde Telles, Anésia Teixeira, Araçy A. Freitas, Inês de Souza Leal, Ruth A. Foz e Vera Fiorillo. Após a cerimônia de colação de grau, no Cine Ourinhos, foi realizado o baile de formatura, no Grêmio Recreativo de Ourinhos. A foto nos mostra u

1908- 1941 – O FUTEBOL EM OURINHOS , POR CARLOS LOPES BAHIA, PROFESSOR DE HISTÓRIA

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1908- 1941 – O FUTEBOL EM OURINHOS A partir do inicio da construção da pequena estação ferroviária em terras de dona Escolástica, os trabalhado-res, em suas horas de folga, praticavam ou jogavam partidas de futebol na área que hoje conhecemos como praça Melo Peixoto. A abertura de uma via de acesso ligando a estação à rodovia (Raposo Tavares) abriu a possibilidade de fixa-ção dos viajantes, os primeiros moradores de um novo povoado. Logo haveriam outras vias interligadas aumentado a área ( atuais ruas Amazonas e Pará). Em 1910 o povoado já está delineado. Do lado sul da estação, ao redor da área utilizada como campo novos viajantes foram comparando áreas de terra e se fixando. Duas novas vias de acesso foram abertas, as atuais ruas São Paulo e 9 de julho. Aos poucos a área povoada na parte sul foi se estendendo até atingir a atual rua Paulo Sá e na parte norte já estavam também se abrindo mais duas vias, as atuais ruas Brasil e Barão do Rio Branco. Em 1915 o povoado já é um Dis

AS GAROTAS DO "SANTO ANTÔNIO"

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Esta é uma foto deveras interessante. Trata-se de um desfile de Sete de Setembro dos anos 1950. 1957, talvez. Foi feita de um ângulo interessante do quarteirão da 9 de Julho onde havia a "Casa Alberto". Em primeiro plano vemos o prédio da Caixa Econômica Federal, em seguida uma antiga casa já derrubada. O outro prédio é o da casa comercial de Tury Zaki,  "Móveis Regina" . Pode-se perceber o seu lindo luminoso, no topo, e uma propaganda dos "Móveis Cimo", de excelente qualidade,  muito vendidos nos anos 1950. Mais adiante a concessionária de Raul Silva. Há três "irmãnzinhas" nesse trecho desfile, porém, é impossível identificá-las. Em primeiro plano, vemos três fileiras de meninas do "Santo Antônio" com o impecável uniforme de gala, tendo entre as mãos um ramalhete. Essas garotas são minhas contemporâneas, quase todos os rostos me são familiares. Três eu identifiquei de pronto: a terceira na fila do centro é Simone Lahan, a quinta

ODETE E IVORENE

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Nessa foto vemos: À esquerda: Armandinho D'Andrea, Clodoaldo Azevedo. À direita: Amélia Neves Lopes, Odete, Ivoreno, Isolina Devienne, Romeu de Paula Lima, Tia Didi. Outro casamento de arromba, a que compareci, no ano de 1962, foi o de minha prima Odete Devienne com Ivorene Ferreira. Odete, professsora, muito bonita, com boa estatura, esguia, era a sobrinha predileta de meu pai. Seu rosto estampava sempre um belo sorriso. Ivorene era sobrinho de Raul Silva, proprietário da Agência Ford localizada numa área grande entre a 9 de julho e a Arlindo Luz, onde hoje se encontra um conjunto de lojas comerciais. Namoraram muitos anos, acredito que por um tempo maior do que permaneceram casados, pois a vida lhes reservava uma surpresa: Ivorene morreu de repente, poucos anos depois; Odete também adoeceu e partiu. Deixaram três filhos ainda crianças: Flávio, Mariângela e Rosangela. Um casamento tão esperado tinha que ter uma grande festa , e assim foi. Na

OS OLEIROS ITALIANOS

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A índustria, em Ourinhos, muito deve a imigrantes italianos: os Migliari, os Ferrari, os Fantinatti, os Ferrazoli. O pioneiro da cerâmica em Ourinhos foi João da Silva Nogueira, natural de Bananal , que veio de Barra Bonita para cá em 1927, dedicando-se à olaria. Seu João era pai de Hermínio, que foi funcionário da Prefeitura de Ourinhos (almoxarife) por muitos anos (pai do meu contemporâneo muito estimado Hermínio Ben Nogueira) e de Emília Nogueira (Mori), casada com Jeto Mori (pais da Maria Tereza e do Renato) Os Ferrazolli radicaram-se inicialmente em Salto Grande. A maior parte dos irmãos acabaram se mudando para Ourinhos, quase todos dedicando-se à olaria, na vila Odilon. Outra família italiana que dedicou-se à olaria, vindo de Barra Bonita, foi a Fantinatti. Ela estabeleceu-se em Ourinhos em 1936, segundo depoimento de José Fantinatti a Jefferson Del Rios. Na minha infância, olhando-se para a direção do Paranapanema viam-se as belas e altas chaminés das olarias dominando a pa

O BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO - BANESPA - EM OURINHOS

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A origem do Banco do Estado de São Paulo  remonta a 1909, sob a denominação de Banco de Crédito Hipotecário e Agrícola do Estado de São Paulo, com capital social francês e estatal. Em 1919, o seu capital foi nacionalizado, tornando-se o governo estadual paulista seu acionista majoritário.  Em 4 de novembro de 1926, na gestão de Altino Arantes,  passou a denominar-se Banco do Estado de São Paulo, ocasião em que houve aumento do capital social e subscrição pelo Tesouro do Estado e pelo Instituto do Café de 98% do novo capital.  Aos poucos o banco estadual paulista foi abrindo agências nas principais cidades do interior.  A agência de Ourinhos foi criada em meados dos anos 1940,em prédio  localizado na Rua Arlindo Luz. A sede do Banespa, então o mais alto edifício de São Paulo, foi inaugurada em 1947. No início de 1995, o Banespa foi "federalizado",  e  após o saneamento, ocorreu a sua privatização em novembro de 2000.  O Grupo Santander Hispano obteve o  controle ac

IEHS - 4ª SÉRIE A - 1962

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Sim, já lá se vai quase meio século que, numa manhã primaveril, meu pai foi ao Instituto de Educação Horácio Soares para fazer uma sessão de fotos com os alunos da quarta série ginasial. Dos quatro anos que estudei no IEHS, a melhor lembrança e a mais nítida é a desta classe. Muitos dos que aqui aparecem frequentaram as mesmas classes do ginásio nas quatro séries. Foi um ano puxado, a Matemática de Maria Teresa deixou muitos para segunda época, frustando a festa de formatura que contou com um número muito pequeno, a ponto de termos de fazê-la junto com a turma do científico, também muito pequena. Estão na foto: Tomie, Yasue, Nair e Auro Tanaka, Sumie, Ivone Bortoloato, Geni Rosa, Abelina, Hideo, Diná e Dinorá Botelho, Alice, Valdiléia, Carlos Lopes Bahia, Estevam Artur, Luizito, Luiz Antonio Cal, Luiz Gonzaga Tone, Licínio Fantinatti, Mário Hisao Kobuti, Odair, José Agostinho Gabriotti, Toninho Muraro, Vascão, Roberto, Sanchez, Mávilo Perino, João Batista Dora e José Carlos Neves

MARISA FERREIRA BATISTA E IRINEU FERRAZOLI

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Clique sobre a foto para vê-la na resolução original. Recordo-me bem desse casamentos de 1962. Foi o de Marisa Ferreira Batista, minha vizinha na Arlindo Luz, com Irineu Ferrazolli.  Antonio, pai de Marisa era o gerente do Banco do Estado de São Paulo, na época função muito importante e de muito prestígio. Foi um dos fundadores do Lions Clube de Ourinhos e do Tênis Clube. Irineu, era filho de Narciso, um dos principais oleiros da cidade. Como vizinho e amigo das duas irmãs , Marisa e Marli, acompanhei de perto todos os preparativos de uma das mais importantes festas de casamento do ano. Na ocasião fomos a Cambará em busca de copo de leite, a flor que não podia deixar de faltar num casamento naquela época. Era com ela que se enfeitavam os bancos e o altar da Igreja Matriz. Em Cambará, havia uma grande plantação junto ao córrego que cortava a cidade. Na ocasião, fizemos uma parada na casa de meus tios avós Teixeira. Não havia ainda o costume de se alugar salões para a festa de ca

DANIEL LEIRIÃO

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Francisco Soares, que já não mora mais em Ourinhos, descobriu por acaso a edição on-line destas memórias. Vez por outra, ao ver as fotos, traz à tona as suas memórias de Ourinhos. Falou outro dia sobre Daniel Leirião, de quem me lembro muito bem. Sua esposa, Joana, era tia da mulher do meu tio Antoninho. Era uma das filhas da "Tia Pepa", uma das mais antigas moradoras da rua Paraná. O bar do Daniel ficava na esquina da Paraná com a Souza Soutelo ( o estabelecimento ainda está lá). Seu filho mais novo, Dani el, foi meu contemporâneo. Assim se manifestou Francisco Soares: "O Daniel Leirião foi um dos melhores zagueiros que o Ourinhense teve. Quando aposentado do futebol, abriu um bar em frente a Casa Toni, onde sua mulher, Joana, fritava uma linguicinha deliciosa para acompanhar as caipirinhas com limão galego, verdadeiras jóias etílicas. Ali se encontravam, diariamente, desde um operário até comerciantes e também um médico, o Hélio Migliari, o primeiro filho d

ALÍPIO BRAZ

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Alípio Braz partiu para outras esferas. Francisco Soares, ao saber da notícia escreveu para estas Memórias: "Mais uma noticia triste você me dá. Tive muito boa amizade com o Alipio. Íamos juntos para Salto Grande, uma vez por semana, eu, para ver uma namoradinha lá e ele para ver sua namorada Ivone, com quem viria a se casar. Esta era filha de Fidelcino Ribeiro Homem, cartorário naquela cidade e irmão de dona Alice Abumjara, esposa de Abrahão Abujamra, do Primeiro Tabelionato, pai do Geraldo, seu sucessor no cartório e que mais tarde passou ao filho Heraldo. Alipio foi um grande jogador de basquete, ao ponto de, com o Geraldo Barros de Carvalho, ganhar uma bolsa de estudos no Colégio Londrinense, para fazer parte da equipe da famosa escola de Londrina, no Paraná. Esta equipe era comandada pelo prof. Vitorino Gonçalves Dias, que foi meu professor de Educação Física em Ourinhos e hoje dá o nome ao primeiro grande estádio de futebol daquela cidade. Esta equipe chegou a ser objeto

MARTA ROCHA E O "VIRGÍNIA RAMALHO".

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A arrecadação do baile oferecido a Marta Rocha, em 1955, era destinada à Caixa Escolar do Grupo Escolar Virgínia Ramalho. Assim, estava prevista uma visita à escola. Um desses momentos é este, ocasião em que uma aluna (a Zoé Machado Branco ?) lê uma saudação a Marta Rocha. Num vestido justo, suas belas formas são realçadas. Ao seu lado, o garoto Cirano Bessa, enlaçado pela mãe, Virginia. À esquerda o perfil de Selma Abucham Ferreira, professora da escola, ao fundo creio ser Maria Antonia Baccili. Tudo indica que a menina à esquerda, de vestido branco seja a bela Nilza Segalla. Logo atrás, o diretor do estabelecimento profº Dalton Morato Villas Boas, uma referência na educação em Ourinhos. Foto Machado

Há 70 anos (3)

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Que motivos teriam levado o prefeito Benedito Martins de Camargo a renunciar ao cargo? Não esperou nem a inauguração do jardim (Praça Melo Peixoto), obra de sua gestão. Eis uma questão que me intriga. Sua administração estava sendo operosa como atestam decretos publicados na imprensa local. Há, no entanto, uma nota na edição de 10 de julho de 1937, de “A Voz do Povo”, com a denominação "RUMOS..." que lança alguma pista: "A cidade tem, desde 5 do corrente, novo prefeito. O drº Mano Filho, por todos os títulos ilustre, assume o governo municipal em uma hora muito séria e cercado de simpatias gerais. Está no dever, portanto, de apaziguar os espíritos dos seus munícipes e administrar o município com o senso grave da responsabilidade. Ora, o prefeito demissionário, sr. Benedito Martins de Camargo, preocupou-se demasiado com os serviços rurais e não deu à cidade a atenção precisa. Assim, há problemas de máxima relevância que exigem a imediata atenção da Prefeitura

A NOVA PRAÇA MELO PEIXOTO - RECORDAÇÕES DE 1937

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Clique sobre a imagem. O novo "jardim" foi  inaugurado em 11/7/1937, obra da administração Benedito Martins de Camargo. Passou a ser um orgulho para os moradores da cidade. Uma de suas fotos na ocasião tornou-se um cartão postal. É a foto que aqui vemos. O cartão foi  enviado por minha avó Maria Augusta Neves para seu filho José Neves Netto, na ocasião 1º cabo da Aviação Militar, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro: "Boas Festas, feliz entrada de Ano Novo, são os meus votos. Salve 1938. Maria Augusta Neves" Na foto, vê-se que a mais bela Andá-Açu da praça já oferecia sombra aos seus frequentadores. Em destaque: o belo coreto que já contava dez anos; o tanque de areia destinado às crianças e a fonte ao centro.  Os postes em ferro trabalhado são os que hoje iluminam uma parte do calçadão da rua Paraná. Ao fundo, a Farmácia Santa Terezinha. Quem seria o jardineiro que acabou posando para a foto? Foto, aliás, que deve ter sido feita a partir do terraço do

FAMÍLIA NEVES

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No Natal de 1948, a família se reuniu pela primeira vez, na casa da rua 9 de julho, 102. Foi chamado o sr. Machado para fazer a foto. Estavam presentes os 12 filhos, hoje reduzidos a 4. Jefferson Del Rios é o garoto que está na primeira fila, à esquerda, ao lado do avô e de seus pais, João (terno branco) e Henriqueta. Eu sou o garoto de um ano de idade, de macacão, atrás do avô.

CARLOS EDUARDO DEVIENNE

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Carlos Eduardo Devienne, recém casado com a prima Benedita de Almeida Lopes, veio para Ourinhos nos primeiros anos da década de 1920. Já com alguma experiência em ferrovias, engajou-se, inicialmente, na Estrada de Ferro Sorocabana, sendo logo em seguida contratado pela Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná, de capitais ingleses, em fase de constituição. Praticamente na mesma ocasião veio também de Campinas, a irmã Tomires, casada com Benedito Monteiro, contratado para ser o contador da SPP. Logo em seguida chegaram oo irmãos, Alfredo e Santa Devienne e o  cunhado e primo , Francisco de Almeida Lopes, ainda adolescente. Após uma rápida passagem pela E.F. Sorocabana, Carlos Eduardo foi contratado como Chefe de Movimento da São Paulo-Paraná, onde permaneceu até finais dos anos 1940.  Carlos Devienne tornou-se figura de projeção na cidade, tendo integrado inúmeras vezes  a diretoria do Clube Atlético Ourinhense, do Grêmio Recreativo de Ourinhos, e a Comissão Organizadora da Santa C

OURINHOS A CAMINHO DO CENTENÁRIO: O EXTERNATO RUI BARBOSA

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O prédio do Externato Rui Barbosa, que  ficava na Avenida Altino Arantes,  é o que tem uma placa grande na varanda. Nesse local hoje está instalada uma agência da Caixa Econômica Federal. O Externato Rui Barbosa, fundado em 1928, foi a primeira escola particular a oferecer uma modalidade de  curso ginasial em Ourinhos. Seu proprietário era Constantino Molina,  professor espanhol muito preparado, colaborador de "A Voz do Povo", onde escreveu muitos artigos sobre diversos assuntos ao longo dos anos 1930, tendo ainda publicado uma alentada narrativa sobre a Revolução de 1932 na região de Ourinhos. Os alunos dessa modalidade de curso ginasial eram preparados na escola e, ao final do ano, iam para São Paulo para prestar exames em escolas autorizadas pelo governo federal.  Em 1937, um grupo de alunos prestou  exames na Faculdade Comercial Brasil, em São Paulo. A nota mais alta entre as alunas foi 8, obtida por Rosa Fragão, Ivone Pierotti e Amélia das Neves Lopes. A

O ENLACE TOCALINO-THOMÉ (21-4-1932)

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Neusa Tocalino Thomé, a única filha do casal, já falecida. A Voz do Povo, 24-4-1932 Casamento Celebrou-se o enlace matrimonial da srta. Maria Tocalino com o sr. José da Cruz Thomé, no dia 21 do corrente a 1 hora da tarde. Após as cerimonias, embarcaram para São Paulo, onde vão residir. O último casal à esquerda é Alzira Tocalino  Nicolosi e Narciso Nicolosi Fº, seu Zico, ao lado da mãe Carlos Nicolosi, o outro garoto é o filho mais velho do casal Nicolosi, Lúcio. Bem a trás dos noivos, a partir da esquerda: o casal Henrique Tocalino e Emília Terzariol Tocalino, Bráulio Tocalino e Mário Thomé. Fotos cedidas por Valéria Thomé .

OURINHOS - PRIMÓRDIOS

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Escolática Melchert da Fonseca dona das terras que constituíam a Fazendas das Furnas, depois compradas por Jacinto Ferreira de Sá. O comerciante Souza Soutello ( de bigode) e familiares. Fotos cedidas por Jefferson Del Rios.

HÁ 70 ANOS (1).

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Pelas páginas de “A Voz do Povo”, semanário ourinhense que completava dez anos, o principal articulista do jornal, Sansão Ferreira, assinalava que a cidade “por força do extraordinário surto de progresso”, estava sendo “objeto de viva curiosidade em outros pontos do país”. Apontava alguns motivos para tanto: “Clima ótimo, comércio intenso e sólido, agricultura promissora, vida social tipicamente brasileira, sem preconceitos bairristas, isntrução bem cuidada, ruas bem traçadas, belos logradouros públicos” (...) “servida praticamente por 3 estradas de ferro (Sorocabana, S.Paulo-Paraná e Santa Catarina-São Paulo, Ourinhos é ponto obrigatório de convergência da alta Sorocabana e Norte do Paraná. Local, portanto, ótimo para fábricas, armazéns, empresas, etc, pois, é o melhor mercado das zonas consumidoras. Luz, água, grupo, ginásio, clubes esportivos, cinema, jardim, a cidade oferece, em resumo, um grande campo para hospedar, digna e confortavelmente, os seus visitantes. N

A PRAÇA MELO PEIXOTO E OS AMIGOS

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Até meados dos anos 1960, a Praça Melo Peixoto era um local de lazer muito importante na cidade. Depois de sua primeira grande reforma, na administração de Benedito Martins de Camargo em 1937, cada vez mais a população tinha na sua praça o ponto de encontro de amigas (os), o local do "footing" (dar voltas pela praça), do concertos da banda municipal, de um serviço de radio difusão transmitido pelos alto falantes que ficavam no topo do velho coreto, através do qual os rapazes e as moças ofereciam músicas uns aos outros. Ou seja a praça era um ser vivo. Desde meados dos anos 1920, era comum as pessoas se fazerem fotografar sentadas nos bancos da praça. Temos aqui dois exemplos desse costume. (1) ? Tico Migliari (2º) irmãos Tupiná Olímpio e Telésforo (3º e 4º) e Carlos Amaral (5º). Lembro-me dos três últimos: Olímpio, pai do professor Hermilo Tupiná, foi por muitos anos o contador da prefeitura municipal; seu irmão Telésforo, amigo de meu pai,

MÉDICOS OURINHENSES - drº Alfredo de Almeida Bessa.

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Em 1938, (20/12) o médico Ovídio Portugal de Souza inaugurava, na hoje rua dos Expedicionários, uma moderna clínica de olhos, ouvidos, nariz e garganta. Foi um acontecimento e tanto, tendo ele reunido no local vários convidados que posaram para fotos. Ovídio era casado com D. Helena Orsi, professora do Grupo Escolar Jacinto Ferreira de Sá. Ao que consta, foi a primeira mulher a dirigir carro em Ourinhos. O belo prédio, construido por Henrique Tocalino ainda existe, e já deveria ter sido tombado. Além da foto em que estão todos os convidados em frente à clínica, chegou às minhas mãos esta outra O 3º é o drº Ovídio, o 5º é o drº Hermelino Agnes de Leão, e o 6º é o drº Alfredo de Almeida Bessa. O drº Bessa, na ocasião, era recém-chegado na cidade, para onde fora em 1936 trabalhar como médico da Estrada de Ferro Sorocabana. Foi também médico da SãoPaulo-Paraná e um dos lutadores contra a maleita que então prosperava na região. Integrou a comissão técnica da construção da Santa Casa de M

HENRIQUE DE OLIVEIRA

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Eis uma pequena amostra da obra do ourinhense Henrique, filho da Cristina Souza e do Ninho

COMPANHIA FERROVIÁRIA SÃO PAULO-PARANÁ - O NÚCLEO INICIAL DO ESCRITÓRIO CENTRAL

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Em 1930, a SPP já estava iniciando a sua expansão a partir de Cambará com o objetivo de atingir Jataí. O núcleo inicial do escritório da Companhia já estava formado. Quase todos os integrantes iniciais aparecem em foto daquele ano. Da esquerda para a direita vemos Hermínio Socci, chefe de tráfego, Oswaldo Paretto Torres, chefe de escritório, Carlos Eduardo Devienne, chefe de movimento, Benedito Monteiro, contador, Castorino Ferraz, Hercília Bugelli, ao seu lado, com gravata borboleta, Francisco de Almeida Lopes, o garoto Rolando Vendramini, de calça curta, (anos depois gerente do Banco Mercantil do Estado de São Paulo. Foto do acervo de Francisco de Almeida Lopes

O "MONSTRINHO" E O PROFESSOR JAIRO

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Bem próximo do seu cinqüentenário, o Ginásio de Esportes de Ourinhos "José Maria Paschoalick", traz-me agradáveis recordações do meu tempo de ginásio. Quando fiz a primeira série ginasial no IEHS, ainda no velho prédio, o professor de educação física da época Sylas) fazia a chamada, entregava a bola para os alunos, e pronto. Como eu não era muito chegado num jogo de futebol, quase sempre vinha embora para casa. Já no ano seguinte (1960) as coisas mudaram: um novo professor de educação física chegara, o jovem profº Jairo. Foi uma "revolução" nas aulas de educação física, agora dignas desse nome: tínhamos todas as modalidades de jogos esportivos e muita ginástica. Todos os alunos admiravam o professor Jairo que integrou-se na vida da cidade. Casou com uma ourinhense, filha do empresário Clóvis Conceição. Muitas vezes as aulas eram realizadas no "Monstrinho", denominação pejorativa da época da construção que acabou vingando, para onde nos dirigí

A CASA NORTISTA

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Por mais de cinqüenta anos, Tuffy Zaki Abucham militou no comércio ourinhense à frente de dois estabelecimentos comerciais que fizeram história: a Casa Nortista e Móveis Regina. O primeiro na Praça Melo Peixoto, 137, que não cheguei a conhecer, e o segundo na rua Nove de Julho, deste sim lembro-me bem . .Na tradição árabe, os filhos homens levam o nome do pai em seguida ao próprio. O casal Abucham teve os filhos Matilde Abucham, João Zaki, Antonio Zaki, Julio Zaki, Aida Abucham, Leila Abucham, Antonieta Abucham, Selma Abucham e Tuffy Zaki. João e Júlio foram os proprietário do Café Paulista, na Praça Melo Peixoto. A família morava na rua Nove de Julho, bem próximo à casa de meus avós, onde nasci. Na infância tive muito contato com Antonieta, a quem cheguei a visitar em São Paulo poucos meses antes de sua morte recente. Muitas e muitas vezes fui naquela casa para buscar uma "muda" de coalhada". Com os gêmeos caçulas de Tufy, Regina e Ricardo brinquei muitas vezes