Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2006

A PRIMEIRA COMUNHÃO

Imagem
O Decreto "Quam Singulari"que estabeleceu os parâmetros para a primeira comunhão foi estabelecido por São Pio X, em 8 de agosto de 1910. Segundo esse documento, poderiam ser admitidas as crianças desde a idade de sete anos. Há a possibilidade de recebê-la antes de completar essa idade caso a criança demonstre possuir discernimento suficiente. Sempre foi uma ocasião festiva com a igreja repleta de crianças e seus parentes. Nos anos 1940 e 1950, as crianças eram previamente iniciadas no catecismo, pelas Irmãzinhas da Imaculada Conceição. A ocasião anual era o mês de Maio, em pleno Pentecostes. Nessa foto vemos um grande número de meninas na entrada da velha igreja matriz. À esquerda estão o sr. Antonio Teiga e uma das irmãs Azevedo. À direita, o padre Eduardo Murante, pároco local. Creio que a freira próxima dele seja a Irmã Benigna.

DESFILE DE 7 DE SETEMBRO (ANOS 1940)

Imagem
Os desfiles de 7 de setembro, em Ourinhos, iniciaram-se nos anos 1930. Meu pai fez as primeiras fotos nas ruas da cidade. Muitas delas já não tenho mais, devendo estar em outras mãos. Era um evento que ele adorava fotografar. Alguns anos depois, José Machado resolveu fotografar os desfiles comercialmente. Quem se incumbiu desse serviço ? O seu Chiquinho. Lembro-me dele saindo de casa bem cedo com a máquina a tiracolo, somente retornando após o encerramento, no começo da tarde. As fotos ficavam expostas com numeração nas vitrines do Foto Machado. Alguns negativos dos primeiros desfiles ainda mantenho, o que tornou possível resgatar algumas. Esta deve ser de 1941 ou 1942. Vêem-se alunos do Ginásio de Ourinhos vindos da Altino Arantes e passando pela Praça Melo Peixoto, na altura do velho coreto, que pode ser visto à direita. Creio que a pessoa trajando terno branco à direita seja o profº José Augusto, proprietário e diretor daquela estabelecimento de ensino. À frente do desfile es

O JORNALISTA E O MENINO

Imagem
Quando adolescente ouvi de minha avó que José das Neves Júnior, meu avô, e Miguel Farah eram grandes amigos, desde os tempos de Salto Grande. Assim deve ter sido, pois Farah fez questão de publicar em seu jornal, em 1966, o decreto do prefeito Domingos Camerlingo Caló, acompanhado da justificativa, dando o nome de meu avô a uma das ruas de Ourinhos. Nunca tive proximidade com o grande jornalista, ao contrário de meu primo Jefferson, cujo pendor literário despertara bem cedo, e assim freqüentou a redação da “Folha”. Lembro-me de Miguel Farah andando pelas ruas da cidade, no exercício de sua atividade jornalística. Os anos se passaram, e, de repente, uma veia memorialista irrompeu nesse que vos escreve. Desse modo, começei a escrever para o Jornal da Divisa e, pouco tempo depois, passei a colaborar com a “Folha de Ourinhos”. E assim já lá se vão alguns bons anos. A amizade com as irmãs Farah foi se solidificando, e laços mais fortes se formaram, envolvendo inclusive minha mãe, Amélia. Co

UM ENTERRO NO PASSADO

Imagem
Essa foto é uma das mais antigas da cidade. Meu pai, que tinha uma cópia em seu álbum, nela registrou a data de 1922 Trata-se de foto muito interessante onde vemos a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus ainda sem acabamento nas laterais; à esquerda uma farmácia denominada "Nossa Senhora Aparecida", no local onde mais tarde existiu o "Café Paulista", de João e Júlio Zaki; e uma construção de madeira, na esquina com a atual Altino Arantes, onde, em 1931, Francisco Mayoral instalaria, já em alvenaria, o "Bar Internacional", mais tarde "Bar Paratodos", de Mário Ribeiro da Silva. À direita duas construções que desapareceriam nos anos 1930, com a construção dos prédios do Banco Comercial do Estado de São Paulo e da Casa Vasco, respectivamente, nas duas esquinas com a rua Paraná. Dizia meu pai que a foto retratava o enterro de uma criança. Observando a foto vê-se um homem com o chapéu levantado, costume de saudação em respeito a um enterro, portanto.....

LOJA MAÇÔNICA JUSTIÇA II, de OURINHOS

Imagem
Clique sobre a foto Ela foi fundada em 12-10-1946. Meu tio avô, de Cambará - Pr, Manoel Teixeira Filho. foi um dos fundadores. Entre os ourinhenses, recordo-me do O libanês Said Francis, uma figura muito simpática com quem sempre cruzava nas minhas andanças pela cidade. Certo dia do início dos anos sessenta, estava eu na praça Melo Peixoto, quando vi passar um enterro em direção ao cemitério. Nessa época, o caixão ainda era carregado manualmente pelos amigos. Perguntei a um dos presentes quem era o falecido e ele me respondeu: "- O Said Francis". Pensei eu: "que pena, aquele velhinho com um sorriso tão bonito sempre estampado no rosto, vou acompanhá-lo até a última morada. No cemitério, um fato chamou-me a atenção: cada um dos presentes jogou sobre o caixão, já na cova, um ramo de acácia. Diante daquele fato curioso, indaguei a uma pessoa o porquê do ato. Foi quando tomei conhecimento de que a acácia era a planta símbolo da Maçonaria. "Ela represen

VASCO FERNANDES GRILLO

Imagem
Vasco Fernandes Grillo era filho de José Fernandes Grillo, um dos pioneiros de Ourinhos. Vasco teve como irmãos: Alberto e Antônio (casado com Rosa Migliari, de quem me lembro com muita saudade), Elisa (Braz), Benedita (Cury) e Elvira (Vara). Esportista de primeira, foi um dos fundadores do Ourinhense, ele mesmo jogador e técnico. Foi proprietário da "Casa Vasco", especializada em chapéus e calçados, instalada em prédio próprio, um sobrado que ainda existe na praça Melo Peixoto, 176.  Muito amigo de meu avô, era seu compadre por ter batizado minha tia Lurdes. Nos anos 1940, vendeu sua loja e mudou-se com a família para a capital. A foto mostra o casal Vasco e Petronília e os filhos em 1948.