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Mostrando postagens de dezembro, 2011

SAUDADES DO MEU RÁDIO DE CABECEIRA

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Na Ourinhos dos anos 1950,  o rádio ainda era o companheiro inseparável das donas de casa. Minha mãe, sempre ativa no seu atelier de costura, na se separava da fita métrica dependurada no pescoço e do radio sintonizado na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Não ouvíamos as rádios paulistas e sim as rádios cariocas, em ondas tropicais e curtas: além da Nacional, a Tupi e  a Mayrink Veiga. A principal atração das duas primeiras eram as novelas que se inciavam à tarde e se alongavam até as 20 horas, este um horário nobre. Dois horários muito concorridos na Rádio Nacional eram o das 15 horas, com o "Presídio de Mulheres", com novelas drámaticas que causavam muitas  lágrimas e o Rádio-Teatro Colgate Palmolive (sabonete), às 20 horas. Os rádio atores e rádio atrizes eram de primeira linha,  Para citar apenas alguns: Paulo Gracindo, Isis de Oliveira, Daisy Lucidi, Roberto Faissal, Mário Lago (também bom novelista e autor de letras de músicas), Carmen Lídia (esposa de

Dalton José de Souza - 20/03/1947 - 17/12/2011

'  Meu companheiro de bancos escolares, Claudio Roberto Vigna, escreveu: "É com o coração apertado, o sentimento de impotência e já com saudades que lhes escrevo. Amigo desde os idos anos 50/60, generoso, de sorriso lindo, alma pura, amigo ímpar, querido por muitos, ... deixa saudades. Tímido como era, contrastava com o jeito extrovertido de  Dna. Dalila, sua mãe. Viveram por um bom tempo na R. Expedicionário e seu pai tinha uma  papelaria ao lado do velho Cine Pedutti. Fanático por futebol, palmeirense roxo e bom de bola, era contemporâneo de amantes desta arte, como Denylton, Celso Sutter, Cal, Mário Vascon, João Carlos (Melancia), Robson Preto, Robson Branco, Ivanil e tantos outros, que no “Graminha” faziam suas peladas quase que diárias. Mudou-se de Ourinhos para Itapetininga em 63 e de lá para São Paulo. Trabalhou como administrador financeiro na área médica por muitos anos e atualmente vivia em Vinhedo com a família. Terezin

PREFEITO ANTÔNIO LUIZ FERREIRA (1960-1963)

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 Antônio Luiz Ferreira começou a se tornar popular em Ourinhos a partir dos anos 1940. Contador competente, tinha seu escritório e residência na Rua Antônio Prado, num prédio logo após a Drogasil. Seu nome aparecia em comissões de fins religioso, social e político.   Foi um dos incorporadores que tornaram possível a criação, em 1948, da ZYS7 Rádio Clube de Ourinhos.  Com a a redemocratização do país, logo após a queda do Estado Novo (1945), ingressa na vida política local, sonhando com a prefeitura.  Seu sonho se torna realidade em 1960 quando se elege prefeito. Na sua gestão foi inaugurado o novo prédio do "Instituto de Educação Horácio Soares".  Foi obra de seu governo  o paisagismo da praça Benedito Camargo, onde se localiza a Igreja Matriz.   Era um homem culto e simples. Somente deixou a casa da "Antonio Prado" quando, já idoso, seu filho (foi meu contemporâneo) levou-o para morar com ele.   Ele e Benedito Monteiro Monteiro, também um exce

FIORI GIGLIOTTI (1928-2006)

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Fiori Gigliotti foi um dos mais populares narradores de partidas de futebol. Teve uma carreira longa, narrando dez Copas do Mundo de Futebol. O seu bordão: " E o tempo passa" foi imortalizado. Foi locutor na Rádio Clube de Lins, Rádio Cultura de Araçatuba, Rádio Bandeirantes, Rádio Panamericana, Rádio Tupi, Rádio Record e Rádio Capital. Faleceu às vésperas da Copa do Mundo de 2006. Esteve em Ourinhos no início dos anos 1960, tendo recebido várias homenagens. Nesta  foto de autoria desconhecida, vemos Fiori ao centro, atrás o prefeito Antônio Luiz Ferreira, à direita o repórter da Rádio Clube de Ourinhos, Dirceu Bento da Silva.

ECOS DE 1937

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Vemos, na  foto abaixo,  a Praça Melo Peixoto recém-remodelada  pelo prefeito Benedito Martins de Camargo que, desgostoso, nem esperou a usa inauguração. Renunciou ao cargo.  Na esquina da Rua Paraná (esquerda) vemos o sobrado de Vasco Fernandes Grilo (tio do Esperidião Cury), compadre de meu avô. No térreo funcionava sua loja de roupas, calçados, chapéus, etc.  Do outro lado da rua, o prédio das Lojas Pernambucanas. No canto direito, o belo sobrado de Miguel Cury.  Foto por Francisco de Almeida Lopes Nela identifico: (6) Castorino Ferraz Bueno (7) Benedito Monteiro Jogadores, segunda fila:  (4) Alberico Albano, Bio (10) Edu Azevedo (12) Florindo Carrara (15   Sentados (5) Chiquinho Saladini.     A Igreja Metodista remonta às origens da cidade. É um belo templo localizado na rua São Paulo, e bem conservado. .

A SOCIEDADE CIVIL "EXPANSÃO CULTURAL DE OURINHOS"

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A "Sociedade Expansão Cultural de Ourinhos" foi a responsável, juntamente com a prefeitura municipal, pela criação do primeiro ginásio em  Ourinhos, portanto uma iniciativa público-privada. Sua constituição ocorreu em 1938. Já então publicava-se a chamada para os cursos preparatórios, funcionando em prédio da Rua Paraná, nº 305. A primeira turma teve suas iniciadas suas aulas, num prédio da rua São Paulo, creio, até a conclusão do edifício construído nos limites norte da cidade, tendo o cafezal à sua volta e que logo teria como vizinha a Santa Casa de Misericórdia. No ano seguinte (26/2/1939) , seria lançada a pedra fundamental do ginásio.   Foto do Ginásio por Francisco de Almeida Lopes . Como estabelecia o item b do Art. 2º dos Estatutos da Sociedade, o prédio foi confiado ao professor José Augusto de Oliveira, já com larga experiência  em organização de ginásios. Sua atuação nesse estabelecimento, que contou logo em seguida com a colaboração do

NICE NICOLOSI CORRÊA

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Nice, a grande mestra do piano de Ourinhos, completou 80 anos em setembro. Ausente de país em viagem de férias, não me foi possível homenageá-la no  blog e nesta coluna. Sua origem familiar remonta aos primórdios de Ourinhos: é neta de Henrique e Emília Tocalino e  filha de Narciso Nicolosi Júnior (Seu Zico) e Alzira Tocalino.  Seu irmão Carlos foi meu professor na Escola Técnica de Comércio de Ourinhos e, graças à vizinhança com sua irma caçula, Nanci, aproximei-me de sua mãe Alzira, de quem guardo boas lembranças. Nice mora  a uma quadra da casa de minha mãe, assim há muitos anos passeia a visitá-la  todas as vezes que  ia a Ourinhos. Sempre foi muito agradável estar em sua bela casa, obra do arquiteto ourinhense já falecido,  Toshio Tone, conversando sobre música clássica e lembranças do passado ourinhense. Isso sem contar com o privilégio de saborear seus deliciosos doces, confeitados a partir de receitas antigas de sua avó materna, Emília.Não é somente nos doces que Nice pontific