NATAL NA SANBRA


Na foto, vemos da esquerda para a direita: Cleide, a secretária, um modêlo de eficiência na sua área; atrás dela, Urbaninho Zampieri, tão cedo levado pela morte; Setuko Sekino, também secretária das melhores, da qual tornei-me muito amigo, tendo frequentado a casa de sua família na Avenida Altino Arantes, onde seu pai tinha uma casa comercial; atrás de Setuko, sua irmã Tomiko, então aluna do curso científico, uma inteligência que partiu muito cedo desta vida; de braço dado com Setuko, Yeda, também funcionária do escritório, uma moça muito alegre que irradiava alegria diariamente; ao seu lado, segurando uma bola, Rubens Bortolocci da Silva, o competente chefe da Seção Pessoal, que viria a se eleger prefeito de Ourinhos; em seguida dois empregados da mesma seção, Tupiná e o srº Hélio, que era também o responsável pela CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, função da qual muito se orgulhava. Atrás de Rubinho estava uma sua filha. 


A instalação de uma fábrica de óleo bruto em Ourinhos - a Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro - SANBRA - remonta aos anos 1940. A origem dessa empresa está ligada à Bunge, empresa belga instalada no nordeste brasileiro e à S/A Moinho Santista. Com o caroço que sobrava do beneficiamento de algodão a empresa passou a produzir o óleo de algodão, o que modernizaria a preparação de alimentos com a substituição da banha de porco, muito utilizada na cozinha brasileira. O próximo passo foi a introdução do óleo de amendoim.
Na segunda metade dos anos 1940, teve início a instalação de uma grande fábrica em Ourinhos. Para gerenciá-la veio para a cidade José Fernandes de Souza, que ficou à frente da unidade local por mais de 30 anos. O complexo fabril era constituído de escritório, fábrica, silos e , mais tarde, do solvente, mais uma etapa da extração do óleo bruto. Sua localização era ao lado da via férrea, na vila Boa Esperança. Na unidade de Ourinhos, trabalhou-se principalmente com algodão e mamona. Nos anos em que funcionou na cidade, a SANBRA era a principal empregadora. Com seu tino administrativo, Souza conseguiu levar para o escritório e para a fábrica excelentes profissionais que tive a felicidade de conhecer, pois lá trabalhei por três anos no escritório.
Anualmente, por ocasião do Natal, havia um almoço oferecido aos empregados do escritório.

Não faltava também,   no amplo refeitório da fábrica, uma festa natalina para todos os empregados.
No semanário "Tempo de Avanço" encontrei este artigo de meu companheiro de escritório, José Carlos Caldara, sobre o Natal na empresa Dezembro de 1968. In Tertualiana:








À esquerda, Laurinho Zimmermann, Rubens Bortolocci, Irineu Kucko, Liberto Resta; à direita: Leonel, José Maria, Oswaldo, João Olante, Ademar Lopes, ao fundo o engenheiro Sarmento. Almoço de Natal numa cantina na Avenida Jacinto Sá, onde se servia uma deliciosa Lazanha..

Comentários

Anônimo disse…
O rapaz de camisa listrada é o Bichinho(apelido).João Prevideli
Foi sim plesm ente soberbo o exito da festa de natal que
s Scinbra prom oveu aos seus funcionários e operários. Tivemos
a imensa satisfação de participar daquela agradabilissim a
festinha, que m ais se me afigurou como um a reunião de fa m í­
lia, quando se confirm a então a cordialidade e harm onia que
reina entre os em pregados da Sanbra, desde o operário de
atribuições m ais simples, ao funcionário de cargo m ais elevado.
0 programa foi seguido na ín te g ra : As 9 hs. de dom ingo úl
txmo, a corporação m usical sob a batuta do Frofessor Am érico
de Carvalho procedeu a abertura das festividades, auvindo-se
105,0 após as saudações de um a fig u ra que fa z parte integrante
do progresso de nosso m unicípio e que é tam bem o dinâm ico
gerente daquela laboriosa industria, Sr. fosé F ernandes de
souza E m sequencia ao program a pré-estubelecido, apresentou
>e o professôr M artins e seus bonecos, com núm eros htlal
rwntes P apai Noel fèz a sua saudação e passou im ediatam ente
a distribuir brinquedos à quase 700 ctianças, todas filhos de
empregados da firm a, que lotavam literalm ente um refeitorio
artisticamente ornam entado com motivos de N atal. O R efrig erante
circulou à vontade entre a petizada Finalm ente, no escritório
da adm inistração da em preza, foi servido um coque
tel-ãperitivo p ara os convidados. Gente, foi um a fésta e ta n to ...

Sociedade - José de Alencar, 1968 - Diário da Sorocabana.

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