O GRUPO ESCOLAR JACINTO FERREIRA DE SÁ


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Até 1938, o grupo escolar de Ourinhos localizava-se na Rua Paraná, no lado direito de quem nela entra pela Praça Melo Peixoto.
Era um prédio pequeno que, na década de 1930, já não dava conta da demanda escolar do município.  


Alunos do primeiro Grupo Escolar de Ourinhos
Nesta foto de seu acervo, meu pai anotou os seguintes nomes: Rolando Vendramini, Aspazio Azevedo, drº Dabus, Paulo Rolim, Barleto e Migliari. Pela fisionomia identifico, o Rolando que foi gerente do Banco Mercantil, o segundo da esq para a dir, o quarto deve ser o drº Dabus, o sétimo, Migliari.  É uma foto dos anos 1920. 


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Nessa década criou-se o Sistema Municipal de Ensino do município que passou a atender principalmente a demanda existente na zona rural. 
A construção de um novo prédio estadual foi obra da gestão do prefeito Benedito Martins de Camargo,  e área escolhida foi a esquina da Rua 9 de Julho com a Sergipe (atual Expedicionário).
Com a edificação do novo prédio foi possível atender à demanda crescente pelo ensino primário. Nesse novo prédio pontificaram  ao longo dos anos 1940 a 1960 as grandes mestras que alfabetizaram várias gerações de Ourinhenses.  
Eu tive o privilégio de ter sido aluno de três delas: Adelaide Pedroso Racanello (1º ano), Lourdes Madeira Simões (2º) e Jandira Simões (3º)
Dois ex-prefeitos foram professores do Jacinto Ferreira de Sá: Candido Barbosa Filho e José Maria Paschoalick.
No final dos anos 1940, um novo prédio estadual seria construído na Barra Funda, o qual  recebeu a denominação de profª Vírginia Ramalho (1948). Com a criação de um novo grupo escolar, o mais antigo foi apelidado de Grupão e o mais novo de Grupinho (embora tão majestoso como o mais antigo).
Para encerrar estes comentários, gostaria de destacar uma figura que deve estar presente na memórias de muitos meninos e meninas que passaram pelo Grupão nos anos 1950, a baiana que diariamente postava-se em frente ao prédio com seu tabuleiro, vendendo o seu produto caseiro - a deliciosa cocada.
Infelizmente não me lembro de seu nome, tenho apenas na memória seu tipo franzino trajando uma longa saia e turbante. Acredito que descendentes seus ainda morem em Ourinhos. Fica aqui a minha homenagem a essa figura típica.
A foto mostra o prédio recém construído, o qual  ainda guarda suas características originais, graças a sua escolha para sediar a Delegacia de Ensino da Região de Ourinhos. Bela fotografia da lavra de Frederico Hahn, como atesta a marca do autor nela visível. 
MarisamoMantins de Oliveira informou-me:
A baiana da cocada como a chamavamos era minha vizinha o nome dela era MARIA mudou se para são paulo com os filhos e o marido voltou poucas vezes em ourinhos depois ficou viuva e não voltou mais para visitar os amigos que aqui deixou nem deu noticias mais....

Comentários

Marão disse…
Excelente história do Grupão. Eu não sabia. Tomo a liberdade de acrescentar que o Virgínia Ramalho já existia antes do prédio novo na Barra Funda. Funcionava na 9 de Julho, bem em frente ao Grupão.
Aproveito para comentar outra coisa. No segundo ano, como você, também fui aluno da dona Lurdes Madeira, mãe do famoso Zé Gordo. No terceiro, também coincidência: como você, fui aluno da irmã dela, dona Jandira, casada com o Chicão, que tinha o posto de gasolina e oficina lá na Duque de Caxias. No quarto ano fui aluno da dona Nilda Leonis. Minha professora do primeiro ano era dona Lúcia, mas não me lembro do sobrenome.
Mais uma vez, você dá uma bela contribuição para a história de Ourinhos.
Grandes mestras Lourdes e Jandyra. Lembro-me que minha mãe fez de tudo para que eu cicasse na classe dela, pois havia sido sorteado para outra professora.
Obrigado.
Noel disse…
José Carlos, semanalmente nos trazendo gratas lembranças. No início da década de 50, o "Grupão" abriu sua primeira classe do "jardim da infância e dela fiz parte. Ali encontrei colegas que me acompanharam pela vida toda - Miguel Cury Neto, Arnaldo Constant (in memorian), Ademir Peixinho, de uma família que deixou Ourinhos há muitas décadas, como nós; Eliane, filha do senhor Benício dos Espírito Santo, casado com o Roberto, meu colega de profissão.A professora, dona Terezinha, depois tornou-se Abujhanra (?), que saudade ! Lembro que as aulas aconteciam no período da tarde e o Sol de Ourinhos sempre escaldante - meus pais então compraram um pequeno guarda-sol e me obrigavam a usá-lo para me protege - ao final do ano o seu pano preto estava desbotado. Tinha lá meus cinco para seis anos - curiosamente, como agora, ingressei no primeiro ano com seis anos e já praticamente alfabetizado. Não posso esquecer a minha infância - fui muito feliz !
Belas lembranças, quisera eu que cada um que visitasse a página fizesse o mesmo. Obrigado.
Abraços.
José Carlos
Unknown disse…
fui aluna do grupão onde aprendi a ler escrever matematica etc só tenho a agradecer aos grandes mestres que ali ensinava só me lembro da diretora dona VILMA grande mulher e tambem da professora DONA CANDIDA MANO. A baiana da cocada como a chamavamos era minha vizinha o nome dela era MARIA mudou se para são paulo com os filhos e o marido voltou poucas vezes em ourinhos depois ficou viuva e não voltou mais para visitar os amigos que aqui deixou nem deu noticias mais....
Obrigado pela informação sobre a Maria. Acrescentei-a ao texto.
José Carlos
Unknown disse…
Boas lembranças!!!! Tambem fui aluno de Dna Adelaide Pedroso Racanello no primeiro ano, que também foi professora de meu irmão Toshio, e de Dna Aparecida Cordoni no 2 ano e 3 ano, não me lembro de minha professora do 4 ano!!! Lembro tambem da Baiana da cocada!! e de alguns colegas entre eles obviamente você. Um grande abraço.
Foi nos bancos escolares do grupão que nossa amizade iniciou-se, Luiz.
Na quarta série, acho que estivemos na mesma classe. Foi a professora Maria Luiza Carrara, que engravidou e foi substituída por duas professoras recém formadas: a primeira não me lembro do nome, era de uma família armênia lá da avenida jacinto sá e a segunda foi Ana Dora de Almeida, irmã da dona Dirce, professora de biologia do Instituto.
Abraços
Anônimo disse…
LÁ ESTAVA EU TAMBÉM PELOS IDOS DO ANO DE 1960,LEMBRO-ME DA PRIMEIRA PROFESSORA DONA LÚCIA, SEGUNDA DONA VALDEREZ ,TERCEIRA DONA LIGIA E QUARTA E ULTIMA DONA APARECIDA CORDIONI TAMBÉM LEMBRO-ME DO LOREIRO DA BAIANA DA COCADA E FINALMENTE ONDE VANDA O ANIBAL FANTINATTI, O MÁRIO BITENCOURT, AH... O DIRETOR ERA O SR.ISMAEL,ABRAÇOS.
Anônimo disse…
Ah...lembro-me ainda que o Loureiro ou Loreto fazia aquelas taquarinhas, que imitavam gatos e um dia fui surpreendido pelo diretor sr.ismael,o qual deu-me um escolacho, e queria mandar-me para onde existia um caveira,que era o porão da construção,bons tempos de esperanças, inocências e bons aprendizados eu sou o filho do Etelvino eu sou o Lima.

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