UMA MISSA CAMPAL EM MEADOS DOS ANOS 1940.
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Esta foto, de autoria desconhecida, nos mostra a realização de uma missa campal, ao que parece.
Percebemos que há um altar com muita ornamentação, nas escadarias da igreja.
O sacerdote padre está distribuindo a comunhão aos fiéis.
Percebe-se a presença de um grande número de Filhas de Maria, todas vestidas de branco. Essa irmandade, a Congregação Mariana e o Apostolado da Oração, se faziam presentes no cotidiano das igrejas católicas.
É o que pode constatado nessa foto, onde se fazem presentes representantes das referidas irmandades.
Ladeando o padre, que está distribuindo a hóstia, estão dois Irmãos do Santíssimo trajando a "opa" (capa na cor rubra) e carregando uma espécie de tocha.
Esta cerimonia deve ter acontecido num domingo, pois a Casa Zanotto é vista com suas portas fechadas.
Essa foto deve datar de meados dos anos 1940.
O trabalho O ENCANTO DA FITA AZUL: “memórias trajadas” das Filhas de Maria, apresentado por Maria Lucelia de Andrade
(mestranda em História Social pela UFC;
Bolsista CAPES) , no IV
SIMPÓSIO
NACIONAL
ESTADO
E PODER:
INTELECTUAIS , realizado de 8 a 11 de outubro de 2007 , na Universidade Estadual do Maranhão
São Luís/MA, inicia-se desta forma:
"Era azul, feita de cetim. Seu tom celeste luminoso encantava as
jovens da cidade. A cor cintilante do tecido destacava-se nas vestes brancas e
sóbrias, nos compridos vestidos de mangas longas desprovidos de qualquer tipo
de decote. Seu brilho, de tonalidade celestial, podia ser visto ao longe e dava
àquela que a usava um status de pureza insuspeita. Presa à esse pequeno
pedaço de tecido azul reluzente, trazia-se a medalha prateada, que retratava a
santa de devoção da irmandade. Mas a medalha, que das mais abastadas era
confeccionada em prata e trazida de fora, e que deveria ser o símbolo principal
de devoção, ficava em segundo plano. Era o azul, era a fita, o que encantava a
primeira vista.
Objeto de desejo, sonhava-se com a possibilidade de ter aquele
pequeno pedaço de tecido encantado em volta do pescoço. A fita azul
identificava uma Filha de Maria, a fita azul dava-lhe uma posição de destaque,
mas principalmente a fita azul hipnotizava-lhes os sentidos e as transportava
para uma outra dimensão social. "
Trata-se de um trabalho muito interessante, cujo endereço na web segue-se:
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