A 4 SÉRIE A DE 1956 DO IEHS DE OURINHOS
Quando ingressei no curso ginasial do Instituto de Educação Horácio Soares, em 1959, havia na minha classe de 1ª série alguns veteranos - os repetentes. A repetência, prevista em lei, era aplicada sem dó nem piedade, e alguns professores se valiam dos instrumentos de avaliação para coibir a algazarra em classe. Com isso, muitos estudantes tinham às vezes sua nota de prova dividida por 2 devido a uma chamada oral repentina. Comigo isso aconteceu muitas vezes com Padre Felipe Dimants, professor de inglês, embora eu não fosse dos mais levados.
Corriam soltas, pela transmissão oral dos veteranos, as narrativas das façanhas das turmas que nos antecederam.
A 4ª série A de 1956 foi uma das mais famosas.
É essa turma de jovens, hoje quase todos setentões, que vemos na foto daquele ano.
São eles:
Clique sobre a foto para maior visibilidade.
Quarta Série A de 1956
Última fila, em pé, da esquerda para a direita:
Joaquim Luiz Bessa Neto, Roberto Abucham, Mario Takaes, José Luiz Devienne, Yasufico Yamamoto, Celso Gambale, Edmur Elias Neder, Samir Makarios e José Carlos Marão.
Fila do meio, em pé:
Mario Mizato, Reynaldo Medina, Yoshiuki Simono, Kenzo Iwano, Harugi Seno, Nilson Zuim Pinar e Jorge Maluf.
Primeira fila, sentados:
Roberto Pellegrino, Domingos Perino Neto, Aldo Santoro, Sylvio Leite Monteiro, Carlos Ostronoff (o Mocho), Paulo Aurélio Vivan dos Santos, Diógenes Ferreira, Claudio Antonio Baccili e Pedro Eduardo Perez (o Charretinha).
Depoimento do jornalista José Carlos Marão:
"Aqueles malucos da 4ª Série A de 1956 eram considerados “indisciplinados”. Ao longo do ano, aprontaram muitas. Por exemplo, havia na sala de aula uma tampa de carteira solta, chamada “beronha”. Toda vez que uma aula era muito chata ou a turma percebia que o professor estava inseguro quanto ao assunto, a “beronha” era lançada estrondosamente no chão. Com isso, a aula era interrompida e vinham muitos minutos de reclamação da manutenção, reivindicações, impropérios. Tudo falso, só para enganar o professor. Claro que com a Maria Tereza, ou Norival, ou o Albertinho Brás isso não acontecia. Mas o pessoal era bom de nota. Ficava difícil castigar. A quarta série B, mista, era, claro, bem comportada. Estavam lá, entre muitos, o Chico Pinha, o Nelson Tijolinho, a Glorinha, a Ivonete.
O dia do último exame oral foi uma grande zorra. Na gritaria que durou quase a manhã inteira, em certo momento, alguém pintou uma placa onde estava escrito: “Rua Quarta Série A de 56”. A turma foi lá para trás do campo de futebol e “inaugurou” a rua, com discurso e tudo. Essa rua seria perpendicular ao atual prédio do instituto, portanto paralela ao velho prédio do Ginásio."
O dia do último exame oral foi uma grande zorra. Na gritaria que durou quase a manhã inteira, em certo momento, alguém pintou uma placa onde estava escrito: “Rua Quarta Série A de 56”. A turma foi lá para trás do campo de futebol e “inaugurou” a rua, com discurso e tudo. Essa rua seria perpendicular ao atual prédio do instituto, portanto paralela ao velho prédio do Ginásio."
Segundo Marão, as fotos provavelmente tenham sido feitas pelo Profº Norival, também uma amante da fotografia.
http://ourinhos.blogspot.com.br/2012/06/turma-de-1945-do-ginasio-de-ourinhos.html
http://ourinhos.blogspot.com.br/2012/06/em-1977-lurdes-de-freitas-ja-falecida.html
Comentários
Um abraço
Marisa
Também estranhei muito você não estar em nenhuma das fotos. Que eu me lembre, você não levou bomba não. No ano seguinte você estava na Científico com a gente. Lembro que foi no dia do último exame. Talvez você tenha ido embora mais cedo. Seu nome começa com A, fez o exame oral antes dos outros, pode ter se mandado mesmo. Tenho a lista de chamada da 4ª A. Estão todos na foto, menos você. Inexplicável.