SALVADOR FERNANDES E O DIÁRIO DA SOROCABANA




Salvador Fernandes, fluminense de Macaé, veio para Ourinhos na segunda metade dos anos 1950, onde fundou um dos mais importantes jornaisda história da cidade – O Diário da Sorocabana.

Ourinhos, então, passou a contar com dois novos jornais, um dosquais o já quase sexagenário “Folha de Ourinhos”, fundado pelo jornalista Miguel Farah, em 1956, e levado avante por seus filhos e filhas após a sua morte.




Salvador já tinha história no jornalismo e era um editorialista primoroso como pode ser conferido no editorial da edição de 17/7/1960, “Os Males das Guerra Fria”, em http://ourinhos.blogspot.com.br/2012/08/o-diario-da-sorocabana.html .

O ex-governador Roberto de Abreu Sodré, na época parlamentar e um dos próceres da União Democrática Nacional, foi o responsável pela sua vinda para Ourinhos.

A sede do jornal ficava no final da Rua Antonio Carlos Mori ( ao ladoda via férrea que demanda o Paraná), onde também o jornalista morava com a esposa Ana (Aninha) e as filhas Ofélia e Ângela. Ana, uma bela mulher, foi uma das freguesas de costura de minha mãe.

Alguns estudantes de Ourinhos, hoje próximos ou na casa dos setenta anos, colaboraram com o jornal e poderiam deixar um depoimento sobre o jornalista.

No site releituras – novos escritores –

(http://www.releituras.com/ne_sfernandes_sombra.asp) pode ser lido um conto de autoria de Salvador, publicado no livro "Florisbela e Outros Contos", Editora Saga, 1999 – Sombra de ontem. Nesse site encontramos a menção de que teria escrito também “o livro "Geada", publicado pela Sintaxe Editora, romance baseado em fatos ocorridos na região da Sorocabana, no Estado de São Paulo, onde viveu a partir de 1957”.

Na foto, de autoria de Francisco de Almeida Lopes, que foi colaborador fotográfico do jornal, vemos o jornalista ao centro ladeado pela esposa Ana e Roberto Costa de Abreu Sodré, por ocasião da inauguração do prédio do Instituto de Educação Horácio Soares, em 22/4/1961.

Comentários

Marão disse…
Aproveito para prestar minha homenagem ao Salvador Fernandes.
Junto com o professor Norival Vieira da Silva e de Redento Natali Jr (que o Salvador tinha levado para o Diário da Sorocabana) foi um dos meus mestres de reportagem e jornalismo.
Devo a ele a apresentação e indicação do meu nome para meu primeiro emprego na Grande Imprensa, a Folha de São Paulo, em 1960. Outros que sugeri ou indiquei para o jornalismo também têm, indiretamente, uma dívida com o Salvador.
Que seja sempre lembrado.

Não tenho elementos para analisar o posicionamento político. Sei que foi polêmico,meio tipo Carlos Lacerda. Isso não invalida sua atuação enquanto jornalista. Deixou Ourinhos e caiu no esquecimento como outros tantos. Ao menos seu nome em uma rua merecia. Saudações

José Carlos

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