AMIZADE
Encontrei essa poesia no site http://www.paralerepensar.com.br/index.htm , onde é apontada como de autoria desconhecida:
ENQUANTO HOUVER AMIZADE...
Acredito que seus versos se encaixam bem com a situação retratada na foto.
Local: porta de entrada do Escritório Central da Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná, em Ourinhos.
O ano: Muito provavelmente 1940/41
Os retratados: funcionários da empresa
"Pode ser que um dia não mais nos vejamos
Mas, se ainda sobrar amizade,
recordaremos bons momentos mesmo distante um do outro..."
É assim que me lembro de meu pai se referindo a muitos dos que estão nessa foto, quarenta anos depois, ou quando reencontrou outros anos depois.
São eles na primeira fileira debaixo para cima:
Américo Granato, que acabou se casando com uma prima de papai, Santa Devienne. Foram para Curitiba com a encampação da ferrovia pelo governo federal e nela trabalhou até a aposentadoria;
Jairo Diniz, um dos mais novos da turma, ainda vivo e lépido, a quem minha mãe sempre se referia com carinho, pois foram colegas no Externato Rui Barbosa. Jairo foi também locutor da ZYS7 Rádio Clube de Ourinhos. Integrou a primeira turma do Tiro de Guerra de Ourinhos. Orgulhoso disso, comparecia todos os anos às cerimônias realizadas anualmente.
Chiquinho Saladini, o mestre sanfoneiro que depois montou uma lojinha na Rua Paraná;
Fazendo pose, na segunda fileira, Luiz Zanoto e Zé de Barros. Zé de Barros, tio do Geraldo de Barros Carvalho, foi um grande amigo de papai, vizinhos em Ourinhos e depois em São Paulo.
Na turma de trás, Osvaldo Cardoso, praticamente criado junto com meu pai, exímio dançarino e derretedor de corações femininos; Rolando Vendramini, cuja família morava em frente a casa de meus avós na 9 de Julho, havia entrado para SPP ainda nos anos 1930, menino de caça curta. Com a encampação fez carreira bancária, aposentado-se como gerente do Banco Mercantil. Foi casado com a professora Helena Braz; Aristides Silveira, outro grande amigo. continuou na ferrovia até aposentar. Poeta bissexto, as páginas de "A Voz do Povo" abrigou muitas delas; ao fundo Chiquinho (9/3/1909-17/7/1987), meu pai que, baixinho, levantou o braço como a dizer "olha eu aqui".
Quem foi o autor da foto, com a máquina do Chiquinho? Talvez Jairo Diniz se lembre.
Não falei com ele a esse respeito e agora Jairo nos deixou neste dia, 20-8-2014.
Deixará muitas saudades no coração de todos os que o conheceram.
Não falei com ele a esse respeito e agora Jairo nos deixou neste dia, 20-8-2014.
Deixará muitas saudades no coração de todos os que o conheceram.
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