JOVENS INTERIORANAS NA GRANDE METRÓPOLE
Toninho Mantovani, hoje morando em Curitiba, descobriu recentemente meu blog Memórias Ourinhenses, enviando-me algumas fotos de seu tempo de escola em Ourinhos.
Todas são muito interessantes e nos remetem para o final dos anos 1950.
Esta é a primeira que publico. Trata-se de uma visita de estudantes do IEHS a São Paulo.
Quando a vi no computador, já digitalizada e restaurada, os rostos se mostraram familiares, mesmo os das nissei que nela aparecem.
Algo nas feições da garota que está à esquerda fez-me pensar numa das filhas de dona Cida Freitas, essa grande batalhadora que já se encontra nos seus noventas anos bem vividos, e a quem minha mãe muito admirava e estimava.
Na tentativa de descobrir o nome das jovens, recorri a minha amiga Hiromi Shibata, que a remeteu a sua cunhada Maria Tanaka Seno.
Finalmente, algumas revelações:
Eu estava correto, a jovem à esquerda é Maria Isna, a filha mais velha de dona Cida Freitas, a quem revi no velório de minha mãe em julho passado. Maria Isna havia enviuvado recentemente do dr Cláudio Mota.
Duas das nissei também foram identificadas, a de óculos é Umeko Yamaguchi e a que está em pé é Yaeko Suzuki.
Uma bela foto.
Como escreveu a poetisa Dalva Maria Ferreira no seu blog "Poesias Soltas", em 5 de dezembro de 2010:
MUDANÇAS
Eu já mudei tanto,
nesses tantos anos...
Eu mudei de casa,
mudei de cidade,
mudei de estado, mudei de país.
E, nessas mudanças,
encaixotei tanto, perdi tanta coisa...
Aquela boneca da cara pintada,
o cabelo loiro,
a boca vermelha,
os olhos azuis...
Perdi alguns livros.
Uns de poesia,
cheios de mensagens,
cheios de inocência,
com florzinhas secas e papéis de bala.
E fotografias. Cartas perfumadas.
Mas, pior que tudo: eu me perdi de mim.
Foto: autor desconhecido
Comentários
Conheci-o na casa de meu primo Osvaldo Perino, que foi seu colega no Horácio Soares.
Quanto à foto das garotas, encantou-me.
Maria Isna, linda como sempre!
Yaeko , cuja única irmã, Yoneko, foi minha colega de classe, no Colégio Santo Antonio, quando fazíamos o ginásio, morava na Cardoso Ribeiro, onde o pai, Sr Suzuki, tinha um bar. Minha avó, Anita Corrêa, era vizinha e amiga da família.
Bem, resta-me comentar a poesia de Dalva Maria: realmente especial!
Esta postagem, José Carlos, constitui um lindo presente!
Muito grata!
Um abraço
Zélia
Abs