OURINHOS 100 ANOS - O PROFESSOR NORIVAL VIEIRA DA SILVA E SEUS ALUNOS

O professor Norival Vieira da Silva foi um ícone para os jovens que passaram pelos bancos do Instituto de Educação Horácio Soares - IEHS -  ao longo de quase 40 anos.
Professor e jornalista,  deixou uma marca registrada por onde exerceu as suas atividades: na escola, no jornal, no rádio, na política.
Um de seus alunos, o renomado jornalista José Carlos Marão prestou lhe uma homenagem em 2003, a qual transcrevo aqui .
Carta homenagem de José Carlos Marão para o professor Norival Vieira da Silva.
Carta para o Professor Norival, em 16/09/2003
Quem diria, professor, que, 45 anos depois, fosse possível juntar, num lugar só, aquele bando de adolescentes sessentões, todos com a mesma irreverência responsável daqueles anos 50?
Um lá falou em viagem no tempo, outro em rejuvenescimento, mas não foi nada disso. Aquele bando de doutores renomados, de donos de empresa, de políticos bem-sucedidos, de profissionais realizados não fez nenhuma viagem no tempo nem rejuvenesceu. Aquela juventude espalhada no ar nunca morreu, sempre esteve guardada dentro de cada um de nós.
Pois foi possível juntar toda essa gente, os da diáspora, como disse o Pimentel, e os que ficaram. Foi possível porque o Joaquim vinha batalhando essa ideia desde 96, porque houve a preliminar lá no Bié, porque o Zuim, o Osmar e o Diógenes fizeram de tudo para juntar essa gente. Mas, principalmente, foi um sucesso, porque havia um assim chamado “fator aglutinador”: a presença do professor Norival.
Todo mundo ali sabia o quanto o Norival influenciou cada um de nós, o quanto influenciou nas nossas carreiras. Uma influência que foi passada para outros professores do velho Instituto que também nos influenciaram, que foi passada para aquele clima dos anos 50, que nos levou para a frente. E que acabou influenciando a reunião dessa gente que já não se via há tanto tempo.
De que outro jeito eu acabaria reencontrando (só para falar de alguns que eu não esperava ver) o Dilair, o Erialdo, o Mi e a Magali, o Nei, a Marli Vinci? Sem falar na Maria Ignes Rocha e no velho Mocho. Eu esperava rever muitos daqueles mais próximos, como revi (bom, bola preta para o Mingão e para o Goiaba).
Eu já estava meio que preparado para o clima de emoção que deveria surgir.
Mas, com tanta gente, a emoção foi maior, apesar de discretamente reprimida ou disfarçada e descarregada nas danças, cantorias, comilanças e velhas histórias, como convém. Mas estava no ar, no olhar e no jeito de cada um.
E foi maior, muito maior, na hora do seu discurso, bem no ponto em que não vieram as palavras. Ainda bem que, antes que todo mundo caísse no choro, o Zuim, com aquele pragmatismo que a gente conhece, jogou as emoções lá para as profundas do inconsciente e pôs tudo no lugar:
- Se não tem palavra, para de falar, pô!

Um grande abraço e obrigado, Professor.
Marão
O Mocho
Fotos do reencontro com o professor Norival em 2003

Osmar José de Souza - Norival Vieira da Silva
Vladimir Mori - Cyrano Bessa - Renato Abucham, 4 - prof. Norival, - Alfredo Bessa - Graça Bessa - Osmar Lemos - Joaquim Bessa
A partir da esquerda: Paulo Tone - Gabriel Marão -Armandinho D'Andrea - Norival Cyrano Bessa
 No centro: Norivel e o prefeito Clovis Chiaradia.
 Os irmãos Gabriel e José Carlos Marão - Graça Bessa e Joaquim Bessa - Norival




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