CAPITÃO PEDRO MOREIRA COPPIETERS (1912-1983)
Embora eu nunca tenha tido contato com ele, convivi com pessoas que muito o admiravam, guardando assim de sua pessoa uma imagem muito positiva.
Também me recordo de alguns de seus filhos que foram meus contemporâneos.
Recentemente, o Face book pôs-me em contato com sua filha caçula, Estela, que lá postou várias fotos interessantes do passado da cidade e, por seu intermédio, pude preparar esta merecida homenagem.
Baiano de Salvador, Pedro Coppieters nasceu em 12 de setembro de 1912, Viveu na sua terra natal até completar 19 anos, quando então ingressou no Exército Brasileiro. Isso se deu na cidade de Itajubá, MG, em 1935, no 19º Batalhão de Caçadores.
Na qualidade de Sargento de Infantaria, foi elogiado em 1935 pelo Presidente da República e pelo Ministro da Guerra, por suas qualidades morais e comportamento.
Pedro Coppieters chegou em Ourinhos em 1939, ano em que se formou a primeira turma do Tiro de Guerra, do qual se tornou Instrutor no ano seguinte, função que também exerceu cumulativamente na cidade de Assis, em 1944.
Em 1946, foi transferido para Salvador, onde permaneceu até 1952, ocasião em que retornou a Ourinhos.
Permaneceu no Exército até 1954, quando passou para a reserva remunerada na condição de Capitão.
Desse modo, várias gerações de ourinhenses passaram por suas mãos no serviço militar obrigatório.
Amante de futebol, foi diretor do Clube Atlético Operário, da Sociedade Esportiva Bacanas e fundador do Núcleo Voluntário da Legião da Boa Vontade.
Foi grande a participação do capitão Pedro na vida civil da cidade, até a sua morte em 1983:
- membro da diretoria do Hospital Psicopata, do qual foi um dos fundadores;
-secretário executivo da Soprami;
- presidente da Santa Casa de Misericórdia;
- fundador e por várias presidente da Associação Mirim de Ourinhos;
- secretário executivo da Associação Comercial de Ourinhos.
Foi casado com Benedita da Silva. Tiveram os filhos: Eloyna, Esther Perci, Percival, Pedro, Pércio, Péricles,Pierre e Estela
O jornalista e escritor Jefferson Del Rios Vieira Neves guarda uma terna lembrança da convivência que teve com o capitão Pedro e seus filhos, no início dos anos 1960:
No alto – em pé: Eloísa (filha), Péricles (filho) capitão e Sra. Os filhos Pérsio e Pierre
Na mesa: - Domingos Perino Neto ,Jefferson Del Rios Vieira Neves, Alfredo Bessa Júnior, Wilson Pires, bancário do Bradesco, Percival (filho do capitão, Sergio Abujamra, o locutor da ZYS-7 José Maria Brandão de Toledo, Alfredo Cubas, Joaquim Bessa.
O Capitão Pedro, que nós ainda estudantes conhecemos, foi um homem cordial e hospitaleiro com os amigos dos filhos. Sua altura e porte, o tom de voz abaritonado, e os olhos azuis-cinza sugeriam ainda o comandante enérgico que gerações anteriores conheceram no Tiro de Guerra. Quem, entretanto, esteve sob seu comando jamais reclamou de prepotências . Sobrenome do norte da França, como o do ator Paulo Autran, também descendente de franceses aportados na mesma Bahia onde o Capitão Pedro nasceu.
Éramos recebidos em sua casa em maravilhosos vatapás, culinária pouco habitual na cidade. Tardes memoráveis da juventude, o que a foto (fins dos anos 60) expressa bem.
Visitei o capitão Pedro em 1982, sem imaginar ser uma despedida. Parte da família, depois do seu falecimento, transferiu-se para a Bauru. Um dos filhos, Pierre (moramos juntos em São Paulo) , formou-se em medicina, clinicou em Ourinhos, Paranapanema e Arealva, onde faleceu. Os outros irmãos, tão amigos quanto ele , a vida nos dispersou. Mas vamos, quem sabe, nos reencontrar.
Comentários
Tenho acompanhado seu magnífico trabalho com a nossa história. Quero parabenizá-lo pela iniciativa. Eu sou o Wilson, bancário, desta foto e meu nome é Wilson Pires.
Abraços
Abs
José Carlos