JOSÉ CARLOS MARÃO, O JORNALISTA


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A foto, que ilustra o texto de hoje, foi-me enviada por Toninho Mantovani, um dos jovens que nela estão. Eram todos alunos do 1º ano do Curso Científico do Instituto de Educação Horácio Soares, em 1957: 
Em pé, da esquerda para a direita: Paulo Aurélio Vivan dos Santos, José Carlos Marão e Mário Takaes.
Agachados, da esquerda para a direita: Sílvio Leite Monteiro, Mocho (Carlos Osftronoff), Bacilão (Cláudio Antonio Bacilli) e Toninho Mantovani Filho. 
 Segundo relato de um dos rapazes, José Carlos Marão,  Paulo Aurélio Vivan dos Santos era  muito ligado em esportes. Tanto assim que se formou em educação física e foi um grande treinador de basquete. Desse modo, organizou um time de basquete com integrantes do primeiro ano científico.
Essa quadra, da qual me recordo, ficava na Rua dos Expedicionários, num terreno ao lado do prédio da Prefeitura. Era uma espécie de quadra oficial da cidade, substituída alguns anos depois pelo ginásio de esportes, popularmente chamado de "Monstrinho". 
Dois desses jovens já faleceram Paulo Aurélio e Bacili.   
A foto é uma oportunidade para falar alguma coisa a respeito desse ourinhense de destaque na história da imprensa paulista, José Carlos Marão.
Nos anos 1940, Ourinhos possuía uma empresa de beneficiamento de algodão denominada Coimbra. Para ela foi transferido em 1945, José Gabriel Marão, casado com Amélia Rodrigues Marão. O casal, que conheci, teve três filhos: José Carlos, Elias e Gabriel Antônio.
Em Ourinhos, José Carlos estudou no Grupo Escolar Jacinto Ferreira de Sá, fez os cursos ginasial e científico no IEHS e datilografia no Instituto Rui Barbosa do professor Aparecido Lemos. Na cidade deu os primeiros passos no jornalismo, atuando nos jornais “Correio de Notícias” e Diário da Sorocabana.
Concluído o curso científico, José Carlos foi para São Paulo onde se matriculou nos cursos de Direito no Mackenzie e Letras  na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras São Bento (atual PUC), os quais não concluiu. Quando ainda cursava as faculdades, foi admitido como repórter no jornal “Folha de S. Paulo’’ (abril de 1960).
Em 1962, foi para a revista “O Cruzeiro”, a de maior circulação na época.
Em 1964 (outubro), o jornalista Mino Carta levou-o para a Edição de Esportes do Jornal “O Estado de S. Paulo”.
No ano seguinte, em setembro, recebeu convite da Editora Abril para integrar a equipe que estava preparando o lançamento da revista “Realidade”, que foi um marco editorial na imprensa brasileira. Em Dezembro de 2010, em parceria com José Hamilton Ribeiro, lançou o livro “Realidade Re-Vista”, na qual os autores relatam a história, os métodos e o sucesso dessa importante revista.
Marão permaneceu em “Realidade” até 1971. No final dos anos 1970, fez um curso de extensão universitária na FGV.
Passou por uma experiência como redator de publicidade nas agências Marcus Pereira Publicidade e Standard Ogilvy. Retornou para a Editora Abril em 1974, como Gerente do Centro de Criação. Em 1976, foi para a revista “Quatro Rodas, como Redator chefe. Passou em seguida a Diretor de Redação, e depois, em 1981, a Diretor Editorial. Assumiu, em 1987, o cargo de Diretor do Grupo Quatro Rodas.
 Em 1992, deixou a Abril, criando com sua mulher, Ligia Martins de Almeida, a “Anagrama Editorial”. Enquanto ela editava as revistas “Muito Melhor” (receitas), “Anagrama” (palavras cruzadas) e “Muito Melhor Astrologia”, Marão, como pequeno empresário,  comandou a criação e a implantação das reformas editoriais e gráficas de “Semanário’ e “Som Sertanejo’, da Editora Azul, “Aero Magazine” (Nova Cultural, ‘Supermercado Moderno’ (Grupo Lund) e “Metrópole” (Diário do Povo de Campinas).
 Em 1999, mudou para Águas de São Pedro, no interior de São Paulo. Desde 2002 faz parte do Conselho Diretor do “Projor”, Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo, entidade sem fins lucrativos, que mantém o programa de TV “Observatório da Imprensa” e o site “Observatorio da Imprensa on line”.

Foto de autoria desconhecida.

Comentários

José Ravicz escreveu:
Do pessoal da foto conheci naquela época os ilustres amigos Marão e Mocho. E conheci não só de vista mas pessoal e papoalmente também. Uma grande honra que trago comigo .
Ra
PS: Marão, não sabia que você já tinha feito também criação em redação publicitária.
Marisa Ferreira Batista Ferrazoli disse…
Legal a trajetoria do Marão.Eu nunca mais soube nada sobre ele.
Só me lembro de qdo ele morava na Altino Arantes e ainda era bem jovem.
Abraços
Marisa
Marão disse…
Sempre fui péssimo em qualquer esporte. Esse"time" de basquete da foto foi uma invenção e uma insistência do grande Paulo "Boca" dos Santos. No Correio de Notícias, aprendi com o professor Norival. No Diário da Sorocabana, aprendi com o Salvador Fernandes. Chegue em São Paulo com vantagem...
Marão disse…
E obrigado à Marisa e ao Ravicz, pelos comentários. Saudade e abraços a todos os ourinhenses, meus contemporâneos ou não.

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