PADRE FELIPE DIMANTS, O PROFESSOR DE INGLÊS (1913-2001).




Já escrevi sobre o padre Felipe, mencionando-o também em outros artigos.
Torno a falar sobre ele hoje por força desta foto interessante, na qual ele aparece cercado por alunos, de uma de suas primeiras turmas, no Instituto de Educação Horácio Soares - IEHS.
Tendo vivido 88 anos, metade desse tempo ele passou em Ourinhos, para onde veio como professor efetivo de Inglês, em 1957.
Morou um longo tempo no então Asilo São Vicente de Paula, do qual foi capelão. 
Tendo lecionado no IEHS, ao longo de vinte e três anos, foi mestre  de várias gerações.
Foi meu professor de inglês nas 6ª, 7ª e 8ª séries (1960-1962). Era um professor rigoroso e sua didática não era das  mais felizes. Com notas baixas nos dois primeiros meses, eu tinha de me valer do paciente professor particular de inglês e português, o  Seu Zé, alfaiate autodidata  que morava na Rua Arlindo Luz. Graças ao professor particular, nos dois últimos bimestres, as notas melhoravam e eu escapava da segunda época ou da repetência.
No trato pessoal era um homem  afável.
O uso de uma batina branca,  óculos rayban e de uma romiseta,  carro minúsculo que fez sucesso nos anos 1960, tornaram-no uma figura impar na Ourinhos daquela década.
Exerceu o sacerdócio na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, onde celebrava missas.
Nos últimos    anos de vida, já aposentado como professor, dedicou-se à visitação de doentes, na Santa Casa e em em residências. 
A foto foi-me enviada por Antoninho Mantovani.
Os personagens, segundo Joaquim Bessa:

Yamamoto, Fredão Bessa, Homero João, Carlos Ostronoff, Pe Felipe, Joaquim Bessa, Nilson Zuim, Walter Ribeiro, R. Pellegrino.

De cócoras:

Diógines Ferreira, Toninho Mantovani, Paulo Santos, e Mingo Perino.

Algumas informações foram colhidas no livro de Eitor Martins -  MINHA VIDA - MEUS AMIGOS - MINHA CIDADE

Resgatando nossa história...

Comentários

O saudoso amigo Roberto Ribeiro da silva escreveu:
Querido J. Carlos:

Não me esqueço do Pe. Felipe, por duas frases suas, usadas com frequência:

" Só cabelo, só cabelo...", com aquele sotaque inconfundível, ao repreender algum aluno que não respondia corretamente suas perguntas...
e:
" O adjetivo vem sempre antes do substantivo", que só tem graça ao serem ditas com o mesmo sotaque dele...

Abraço.

Roberto.

Eu respondi:

E eu da seguinte frase:
" Carlos, como se diz em inglês", e falava a frase, obviamente muito difícil, que tínhamos que verter para o inglês. Resultado: um ZERO.
Abração.

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