O BAILE INFANTIL DE CARNAVAL. O BAILE INFANTIL DE CARNAVAL.
No Grêmio Recreativo de Ourinhos, os bailes infantis de carnaval tinham também direito a orquestra. A música era tocada ao vivo.
Eles aconteciam à tarde, e as famílias que gostavam de carnaval levavam seus filhos, quase sempre fantasiados para brincarem no salão, repleto de serpentinas, confetes e de lança-perfume.
Eu fui um aficionado de carnaval desde tenra idade, não perdia um baile infantil, que começei a frequentar com cincos anos.
Esta foto é de 1953. Já sendo um admirador dos filmes de cowboy, que nos encantavam nas vesperais de domingo, quis que a minha fantasia fosse nesse gênero.
E aqui estou, no jardim da casa de meu avós onde morávamos então, na Rua 9 de Julho 102, posando para a eternidade.
E que pose ! Com cara de mau, cinturão com revolver e, como não podia deixar de faltar, um chapéu, que não me parece ser do meu pai, e sim algum antigo de meu avô.
Prestes a sacar a arma e começar a atirar
Tempos de grande inocência.
Duas marchinhas escritas para o carnaval daquele ano se eternizaram, entusiasmando os foliões até hoje: "Cachaça" e "Saca-rolha" Aqui estão as suas letras:
CACHAÇA
Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953
Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953
Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
SACA-ROLHA
Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953)
As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca rolha
E bebo até me afogar
Deixa as águas rolar
Se a polícia por isso me prender
Mas na última hora me soltar
Eu pego o saca saca saca rolha
Ninguém me agarra ninguém me agarra
Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir Machado, 1953)
As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca rolha
E bebo até me afogar
Deixa as águas rolar
Se a polícia por isso me prender
Mas na última hora me soltar
Eu pego o saca saca saca rolha
Ninguém me agarra ninguém me agarra
Foto por Francisco de Almeida Lopes
Comentários
Oi José Carlos
Bom Carnaval!Não esqueça a fantasia de cowboy.Lhe caiu muito bem.
Abraços.
Dilma