ME RICORDO... , POR ROBERTO PELLEGRINO
...de muitas coisas. Talvez de coisas demais, ou de menos, sabe-se lá.
...dos sabores excêntricos da primeira garapa e da primeira manga que provei. Nem ruins, nem bons, apenas estranhos, exóticos.
...do meu “amor à primeira vista” pela feijoada.
...do primeiro dia de aulas na 4ª série A, que condicionou o meu futuro. Conheci a Maria Inês.
...da primeira vez que vi Pelé jogar. Era 1957, jogo amistoso Santos x Corinthians (2 a 1 para o Timão). “Prestem atenção nesse garoto chamado Pelé, de quem dizem
maravilhas", falou o locutor da TV.
...da decepção ao tomar meu primeiro café em terras brasileiras, no Rio. Café de coador!
...do primeiro banho da Sílvia, minha filha, aos 15 dias de vida, dado pela Maria das Graças, esposa do Joaquim Bessa. Insegura, a Maria Inês não tinha coragem...
...da Maria Inês, com a bolsa rompida, rumar para a maternidade na garupa de uma moto.
...do chiquérrimo centro de São Paulo na década de 1950.
...da feia, suja e... adorável Ourinhos de1951.
...dos bombardeios em Roma.
...do barulho dos motores das Fortalezas Voadoras.
...do “assobio” das bombas caindo.
...de Suor Giulia, minha 1ª professora.
...do despeito do Roberto Abucham por eu tocar o surdo-mor (“bijuzeiro”) na fanfarra do Horácio Soares.
..da mortadela, das balas, dos pés-de-moleque e das paçocas do Brandimarte.
...dos guaranás Caiçara e Ivoran.
...dos incomparáveis quibes do Abrão.
...dos bondes e dos casarões na av. Paulista.
...das internas do Colégio Sto. Antônio.
...dos correios-elegantes nas quermesses.
...da minha desastrada performance como cantor, em Palmital.
...da minha maravilhosa viagem à Itália com a Maria Inês.
...das festas de Ano Novo na nossa casa de Itanhaém.
...de muito mais coisas, pessoas e acontecimentos.
Pelleberto Rogrino
Há muito mais em minhas lembranças
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