LEMBRANÇAS DO VELHO GINÁSIO
Uma homenagem à minha amiga, professora Inês de Souza Leal, responsável pela alfabetização de muitos ourinhenses.
O Ginásio Estadual de foi criado pela Lei nº 7, de 23 de fevereiro de 1948, no governo de Ademar de Barros. A sua instalação ocorreu no dia 5 de agosto do mesmo ano. Desse modo, ele passou a coexistir com o antigo Ginásio de Ourinhos, criado pelo professor José Augusto de Oliveira, em 1939, o qual era uma instituição privada com subvenção da prefeitura. Em 1946, o Ginásio de Ourinhos passou a contar com a primeira Escola Normal de Ourinhos, sob a direção do drº João Batista de Medeiros. Foi, assim, responsável pelas primeiras normalistas de Ourinhos, cuja formatura ocorreu no dia 10 de dezembro de 1949. Eram elas: Anair Ferreira, Anayde Telles, Anésia Teixeira, Araçy A. Freitas, Inês de Souza Leal, Ruth A. Foz e Vera Fiorillo. Após a cerimônia de colação de grau, no Cine Ourinhos, foi realizado o baile de formatura, no Grêmio Recreativo de Ourinhos.
A foto nos mostra um instantâneo desse baile. No fundo, à esquerda, as professoras observam as alunas dançando a valsa. Entre elas identifico Diva Leonis, minha primeira professora de Geografia. Ela tinha um sexto sentido para flagrar alunos que estavam colando. Voltava-se para os vitrôs como se estivesse alheia, de repente, dava meia volta e fazia o flagrante. Saudades....
O Ginásio Estadual de foi criado pela Lei nº 7, de 23 de fevereiro de 1948, no governo de Ademar de Barros. A sua instalação ocorreu no dia 5 de agosto do mesmo ano. Desse modo, ele passou a coexistir com o antigo Ginásio de Ourinhos, criado pelo professor José Augusto de Oliveira, em 1939, o qual era uma instituição privada com subvenção da prefeitura. Em 1946, o Ginásio de Ourinhos passou a contar com a primeira Escola Normal de Ourinhos, sob a direção do drº João Batista de Medeiros. Foi, assim, responsável pelas primeiras normalistas de Ourinhos, cuja formatura ocorreu no dia 10 de dezembro de 1949. Eram elas: Anair Ferreira, Anayde Telles, Anésia Teixeira, Araçy A. Freitas, Inês de Souza Leal, Ruth A. Foz e Vera Fiorillo. Após a cerimônia de colação de grau, no Cine Ourinhos, foi realizado o baile de formatura, no Grêmio Recreativo de Ourinhos.
A foto nos mostra um instantâneo desse baile. No fundo, à esquerda, as professoras observam as alunas dançando a valsa. Entre elas identifico Diva Leonis, minha primeira professora de Geografia. Ela tinha um sexto sentido para flagrar alunos que estavam colando. Voltava-se para os vitrôs como se estivesse alheia, de repente, dava meia volta e fazia o flagrante. Saudades....
Baile de Formatura, por Aldir Blanc
Para Mari Lucia
Eu não sonhei
que você estava linda.
Eu realmente fui ao baile
e vi você de relance, linda,
de uniforme de normalista,
e seus olhos eram olhos
de uma mulher enamorada,
parecida com a Malu Mader.
Sentindo frio em minh'alma,
procurei o bar
pra tomar cuba-libre e coragem.
Quando voltei pro salão
você não estava.
Tinha casado e mudado.
Ainda havia flamingos,
viagens sentimentais,
encantamentos, convites,
damas apaixonadas,
sofisticadas e vagabundas,
a quem amei, mesmo sabendo
que isso não pode ser amor.
Não adianta me chamar
de irresponsável.
Eu estava me sentindo um tolo
por querer você.
Ainda assim, tive luas azuis,
luas pálidas,
luas brilhando sobre
cidades desconhecidas
e um caso para relembrar
e esquecer,
e novo tempo de partir
e o que será, será,
as luzes da cidade
refletindo
um sorriso na lembrança,
um certo sorriso de verão,
cerca de meia-noite,
um sorriso de velhos amigos
embora estranhos no paraíso,
e esse sorriso reacendeu
minha velha chama:
eu dançaria a noite inteira
de rosto colado,
dançando no escuro
canções de setembro,
dançando na chuva,
nas areias da maré baixa,
mas você ainda não estava
dançando a melodia imortal,
você era uma estrela
piscando acima do arco-íris,
e de repente havia fumaça
em seus olhos,
amores clandestinos,
minha garota melancólica,
até nosso reencontro,
mas depois daquela última dança,
corpo e alma,
nunca mais seremos os mesmos.
Hoje a canção é você
e eu estou feliz
por ser infeliz nessa fascinação
entre folhas mortas,
gardênias azuis,
serenatas ao luar,
canções da Índia,
cartas de amor...
With a song in my heart
eu te esperei vinte anos,
acordado e triste,
no salão silencioso e apagado.
Você mudou, noite e dia,
mudou suave e adoravelmente,
e ainda tem os mesmos olhos,
olhos de mulher apaixonada,
olhos de Malu Mader,
e agora, por causa de você,
por tudo que você é,
eu posso finalmente sonhar
que durante todo esse tempo
você não flertou com ninguém,
e que olha só para mim,
meu amor,
meu par.
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