ODETE E IVORENE






























Nessa foto vemos:

À esquerda: Armandinho D'Andrea, Clodoaldo Azevedo. À direita: Amélia Neves Lopes, Odete, Ivoreno, Isolina Devienne, Romeu de Paula Lima, Tia Didi.

Outro casamento de arromba, a que compareci, no ano de 1962, foi o de minha prima Odete Devienne com Ivorene Ferreira. Odete, professsora, muito bonita, com boa estatura, esguia, era a sobrinha predileta de meu pai. Seu rosto estampava sempre um belo sorriso. Ivorene era sobrinho de Raul Silva, proprietário da Agência Ford localizada numa área grande entre a 9 de julho e a Arlindo Luz, onde hoje se encontra um conjunto de lojas comerciais. Namoraram muitos anos, acredito que por um tempo maior do que permaneceram casados, pois a vida lhes reservava uma surpresa: Ivorene morreu de repente, poucos anos depois; Odete também adoeceu e partiu. Deixaram três filhos ainda crianças: Flávio, Mariângela e Rosangela.
Um casamento tão esperado tinha que ter uma grande festa , e assim foi. Na casa de meu tio Carlos, na rua Altino Arantes, as mesas se espalhavam pelo imenso quintal a fim de receber os inúmeros convidados de tão querido casal. Meu pai fez inúmeras fotos desse casamento. Escolhi esta que mostra Odete sendo levada ao altar por seu pai, Carlos Eduardo Devienne. Os bancos, como de hábito, enfeitados com papel crepon e copos de leite. As meninas que estão à frente da noiva são Rosa Maria Bueno Camerlingo (direita) que, anos depois, casaria com o saudoso Zezo, filho do Souza, da Sanbra; a outra é uma sobrinha da noiva, Carla Devienne. Nos bancos situados à esquerda são vistos: Darci Devienne, mãe de Carla, Nadir Bueno Camerlingo, mãe de Rosa Maria, dois companheiros de boemia de Ivorene, o primeiro, filho do Antonio Bertagnoli, o garoto Ronaldo Bueno Camerlingo, minha prima Cleide Devienne Almeida e Ivete Bastos. Também aparece ao fundo à esquerda minha tia avó Floripes Godoy de Lima , a querida tia Didi.

Comentários

Em 62 eu estava aqui no Paraná. Lembro-me bem de quase todos os que foram citados. O Ivorene foi um bom amigo. Tanto ele quanto seu irmão, o Demerval. Quanto a Odete, nunca a esqueceria, nem ela nem seus irmãos. Éramos quase vizinhos. Eu morava na esquina de cima, próximo da estação de águas, onde estavam suas rosas. Era minha casa, na esquina, seguindo, era a casa dos irmãos Cassetari, Carlos e Valmir, dois ótimos cantores. E vizinhando, a caixa d'água.Que triste notícia a morte dos dois! Há fatos que nos fazem contestadores. Tento imaginar o sofrimento do seu tio Carlos.
Ronaldo e Nadir: devem ser filhos ou netos do Juca Camerlingo.
Souza, da Sambra: Que figura, meu amigo. Quando eu andava ligado a Folha de Ourinhos, em 57, por ocasião da Marcha da Produção, que nasceu em Maringá e seguiria rumo ao Rio, o Exército estava acantonado na ponte do Paranapanema e lá no alto, no cruzamento para Xavantes, perto daquele posto de gasolina. O negócio era não deixar a marcha entrar no Estado de São Paulo. Eu quis fotografar o acampamento militar. Era proibido. O sr., Souza levou-me no seu carro. Entramos na área. Pedimos licença ao capitão. Ele não deu. Sentei-me no banco traseiro do carro e pedi ao sr. Souza que desse uma volta na área enquanto eu fotografava através do vidro traseiro e saisse em velocidade no momento em que os soldados percebessem nossa manobra. Foi um sucesso.O Benedito Pimentel, que era correspondente do Correio Paulistano (jornal já falecido) enviou o filme para São Paulo e a matéria saiu na 1a. página. Foi sucesso. Francisco Soares
Cris Esper disse…
Há 30 anos minha mãe mora na rua IVORENE FERREIRA, sempre achei ue Ivorene era uma mulher. Fiquei feliz por saber um pouco sobre Ivorene Ferreira.
Anônimo disse…
Olá, Cris! Fiquei feliz com seu comentário. Sou filha de Ivorene Ferreira e este nome sempre causou esta confusão sobre ser homem ou mulher, rs. Lembro de chegarem cartas endereçadas à sra. Ivorene. Bem, meu pai foi uma pessoa muito querida em Ourinhos, e acho que o fato de existir uma rua com o nome dele hoje na cidade é uma forma de relembrar esta grande figura. Obrigada por escrever! abraço
Mariangela Devienne Ferreira

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