OS DIAS DE GLÓRIA DO "OPERÁRIO"


Já falamos aqui algumas vezes do velho time de futebol que morava no coração de grande parte da população ourinhense. Quando o jogo era Operário x Ourinhense, o estádio ficava lotado. O seu campo de futebol estava localizado num quarteirão  em frente ao atual Centro Cultural. Nessa foto dos primeiros anos da década de 1930, vemos as arquibancadas lotadas num dia de jogo entre as duas agremiações. No camarote de honra, achavam-se  Julio Mori e o Dr. Theodureto Ferreira Gomes,  prefeito municipal.
Em 17-1-1942, o jornal "A Voz do Povo" noticiava:
"O decano do esporte ourinhense, o velho pioneiro das tradições futebolísticas de nossa terra, o Esporte Clube Operário, está em grande azáfama mobilizando todo o seu quadro social para a reunião de eleição de sua nova diretoria, para o corrente ano de 1942.
O entusiasmo reinante nos meios esportivos operarianos é animador, e tudo parece indicar que o sodalício da Av. Jacinto Sá, fará uma esplendida escolha para seus diretores, batendo pela eleição de uma chapa que consolide plenamente com as necessidades da simpática sociedade, tornando-a à sua pujança primitiva, como entidade esportiva e social-recreativa."

Comentários

Anônimo disse…
essa foto do Operário é realmente sensacional. Momento raro da vida ourinhense. parabéns!
Francisco Soares escreveu:

Caro confrade,
Vou começar hoje a comentar tudo o que gravei dos seus envios: Esporte Clube Operário - Divertí-me ao ver na foto a cerquinha, pois não havia alambrado. Assistí muitos jogos. Recordo-me bem de dois goleiros de destaque, o Cuié e depois o Luiz Ximenes. Este acabou deixando seus irmãos de Jacarezinho, abandonou o gol da Esportiva daquela cidade e mudou-se para São João do Caiuá, trabalhando no escritório do Ministério do Trabalho. Ficou por aquí (é perto de Paranavaí), até o fim da vida. Mantivemos muito relacionamento. Com muita saudade, lembro dos campeonatos Ourinhense/Operário. A coisa dividia a cidade. Quanto aos dirigentes de l93O, que você citou: Hermenegildo Zanotto era pai do Bija, da Companhia Brasileira de Petróleo Gulf, e foi meu colega de trabalho. O caçula da família era o Antoninho, que foi meu colega de ginásio, no tempo em que o estabelecimento era do dr. João Batista Medeiros e do prof. José Augusto de Oliveira; Edison Leonis, que era pai das professoras Leonis, uma delas, casada com o prof. Dalton Morato Vilas Boas. Chama-se Judith.Veio a falecer e muito tempo depois seu viúvo casou-se com a cunhada (não me lembro o nome); Aurélio Sachelli, era pai do Mario Sachelli, também meu colega de escola. Joaquim Miguel Leal, era o "seu" Quinzinho, gerente de um banco na esquina da 9 de julho com Antonio Prado. Era pai de outro colega meu de trabalho, o Hélio, e da Inezita, uma professora muito querida; o prof, José Galvão era pai da Cidinha Galvão, que casou-se com o Nabuco Fenley, um dos proprietários do Bar Central, na década de 5O; Francisco Ciffoni, o Chiquinho Ciffoni, ourinhense contratado pela Fazenda Leoflora, de Cambará, do cafeicultor Leovigildo Barbosa Ferraz. A fazenda, que acabou sendo uma estaçãozinha ferroviãria, recebeu este nome com o Leo tirado do seu nome e Flora, que era o nome de sua esposa. Chiquinho tinha quatro filhos: Sidney, Laura, Anunciata e não me lembro o nome do quarto. Na citação sobre o Ourinhense, lembro-me: João Batista Crivelari e Aristides Viana eram pessoas ligadas ao meu pai; Benedito Monteiro era pai de Renato e do Ayrton (este formou-se em medicina e veio para o Paraná, alojando-se em Apucarana (ou Mandaguari). Monteiro foi um dos destacados funcionários da Rede Ferroviária Paraná-Santa Catarina; Edison Leonis (deve ter migrado do Operário para o Ourinhense); Carlos Eduardo Devienne, foi outro funcionário ferroviário. Viúvo, casou-se com dona Avelina Almeida Deviene, proprietária de um posto de gasolina. Soube criar a filharada do viúvo, que era uma penca de sete ou oito. Eles tinham enorme respeito por ela.; Júlio Mori, o patriarca da familia Mori. Depois de velho casou-se novamente e teve um filho, o Morinho, Júlio Mori Filho, que foi vereador. Da indústria de madeira no centro da cidade, faziam parte seus filhos Janet, Jétero, Oriente (que também foi vereador) e Antonio Carlos. Janet era o mais velho, tinha três filhos, a Mariinha, o Cid e a Célia. Mariinha casou-se com o Sálvio Fernandes, que era gerente da Texaco; Cid não sei que fim levou; Célia foi minha namoradinha de início de adolescência, depois casou-se com o médido Walter Ferreira, mudaram-se para Maringá, onde ele veio a falecer.Encontrei-me com ela, já com 72 anos (tenho hoje 74). É muito amiga de uma cunhada que tenho naquela cidade; Italo Ferrari, um gigante na vida industrial de Ourinhos, foi o criador da Ivoran, hoje dominando o mercado de cachaça, com a Oncinha. Seus filhos, Lino, Nilo e Ivo sempre trabalharam com ele. Lino, depois de certa idade estudou música,tocando sax e clarineta. Montou uma orquestra de baile e fez muito sucesso aí e pelo Estado de São Paulo afora.Seu prefixo era o Moonligth Serenade;. Antonio Saladini, pai do Chiquinho Saladini, dono de uma bicicletaria e oficina de motos. Era baixinho e pilotava uma gigantesca moto Indian, que causava espanto. Uma curiosidade quanto ao Ourinhense. Quando ele perdia um jogo, sua torcida subia para o centro da cidade com a do Operário perturbando. Dona Benedita, esposa do Miguel Cury, era uma apaixonada. Sempre que ia ao campo, levava um guarda-chuva para protegê-la de chuva ou de sol. Em suas mãos, ele era uma verdadeira arma que ela brandia sobre as cabeças de torcedores operarianos que a provocavam Isto passou a ser um fato histórico em nossa cidade.

Por hoje é só. Saudações

Chicão Soares
Anônimo disse…
Estou procurando algumas memórias da minha família, e vi a sitação de um João Batista Crivelari, na verdade meu bisavô era o Sr. João Baptista Crivillari, o qual não sei se é o mesmo que menciona no texto, sei que casou-se com a minha bisavó Sra. Arminda Gahir...se tiver alguma notícia me mande, rodrigocrivillari@hotmail.com

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