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Mostrando postagens de abril, 2010

PASSEIO DE MEMÓRIA

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Completando este passeio de memória pelo entorno da Praça Melo Peixoto, vemos a face da 9 de Julho. Era a mais importante porque lá se achava a Matriz do Senhor Bom Jesus, edificada na década de 1920. Tendo sido erguida uma nova Igreja na Praça Benedito Camargo, a "Igreja Velha " foi desativada e demolida nos anos 1950. Deixou muitas saudades nos corações de muitos ourinhenses católicos que lá haviam sido batizados, feito a primeira comunhão, se casado e se despedido de seus mortos. A Igreja ocupava o centro do quarteirão; era simples no seu exterior, mas bela no interior. A foto é do início dos anos 1930, mostrando na extremidade direita o belo prédio do Banco Comercial do Estado de São Paulo (recém construído) que destoava da simplicidade característica do entorno da praça. Em seguida havia um prédio abrigava uma pensão. Ao lado da Igreja havia uma pequeno coreto utilizado para o leilão de prendas por ocasião de quermeses beneficentes. Seguiam-lhe dois prédios que ab

AS LOJAS DE TECIDOS E A COSTURA DOMÉSTICA

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Nos anos 1950 e 1960, as lojas de tecidos eram estabelecimentos comerciais fundamentais para todas as donas de casa. Lojas de roupas prontas eram exceções, e essas custavam muito caro. Portanto, era necessário recorrer à costura doméstica no caso de a mulher haver aprendido essa arte, ou senão, depender daquelas que fizeram da costura uma profissão. Eu fui criado numa casa onde a máquina de costura era um dos mobiliários mais importantes. Minha mãe era de uma época em que saber costurar era uma das qualidades da moças. Assim, frequentou uma escola de costura na cidade, aperfeiçoando-se depois com uma senhora mineira, chamada Inês, que viveu muitos anos e tornou-se muito querida de toda a família Neves. Ela tinha um irmão que era exímio alfaiate ,  popularmente conhecido “Dito Chintan”. Minha mãe ganhou uma máquina de costura Singer de seu pai e fez dela seu ganha-pão, ajudando no orçamento doméstico de seu lar após o casamento. Tinha uma freguesia refinad

DE PRAÇAS E DE REFORMAS

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A anunciada reforma da Praça Melo Peixoto levou-me a refletir sobre o destino das duas praças centrais da cidade. A outra a que me refiro é a Praça Prefeito Benedito Camargo , no entorno da Catedral. Embora eu acredite ter sido um desrespeito ao patrimônio histórico o que se fez com a Melo Peixoto na gestão Paschoalick nos finais dos anos 1950, há que convir que ela hoje já é uma senhora de mais de quarenta anos. Enfim, é a praça das gerações atuais. Haveria que restaurá-la, dotando-a de novos equipamentos que trouxessem as pessoas de volta para ela, sem alterar por demais o seu perfil. A outra praça, a Benedito Camargo, foi uma filha enjeitada por muitos anos. Abrigou a nova Igreja Matriz, atual Catedral, permanecendo anos e anos em terra bruta, território que os meninos dos anos 1950 adotaram como seu. Eu fui um deles. No início dos anos 1960, com a conclusão da fachada externa da Matriz, não era mais possível manter a Praça Prefeito Benedito Camargo naquele estado, e

OTÁVIO FERREIRA, O AMANTE DA PESCARIA

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Rodeado por dois rios de porte grande - Pardo e Paranapanema, sem falarmos do pequeno Turvo, e a proximidade com estado do Mato Grosso, Ourinhos oferece forte atrativo para aqueles que apreciam a caça e a pesca. Já na década de 1950 (5/7/1955), foi criado o Clube de Caça e Pesca, com a seguinte diretoria: Carlos Eduardo Devienne – presidente Paulino dos Santos – vice Nelson Vieira da Silva – tesoureiro Geraldo Ribeiro Abujamra – secretário Antonio Segala - diretor social A sede do Clube ficava numa ilha, alguns quilômetros abaixo da Usina Salto Grande, nas proximidades do ponto Jaú. O bar do Daniel, na Rua Paraná era a sede urbana do clube. Anualmente, seus membros seguiam em excursão para o Mato Grosso. Em frente ao Grêmio Recreativo de Ourinhos, existiu uma grande loja de artigos de caça e pesca, na rua Paraná a "Pescaça"  Otávio Ferreira, cuja família era proprietária de um banco de areia, foi u m grande pescador.  Seu pai,  Benedito Ferreira, falecido em 1950 aos