O PRIMEIRO CORETO DA PRAÇA MELO PEIXOTO (1927-1958)

Leia o texto ouvindo a música  pelo You Tube logo abaixo.

Se ele tivesse sobrevivido à reforma da Praça Melo Peixoto levada a cabo pelo prefeito José Maria Paschoalick,  completaria 90 anos em 7 de setembro deste ano. 
Não era um coreto luxuoso; modesto sim, pois com os parcos recursos que a cidade dispunha dez anos após a sua emancipação, não poderia  dar um passo muito alto.
Sofreu melhoria logo após a inauguração,  e cumpriu garbosamente com as suas obrigações, servindo de espaço para nossas garbosas bandas se apresentarem aos domingos.
Ao longo de 31 anos, teve de papel de destaque  em cerimônias públicas: posou durante a Revolução de 1932 para uma bela foto do Batalhão Teopompo; deu guarida a uma incipiente transmissão radiofônica pelo  alto falante  instalado no topo da sua torre; assistiu a inúmeros casamentos, batizados e enterros celebrados na também modesta Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus; observou crianças  de várias gerações brincarem no banco de areia que havia a sua frente; foi cúmplice de muitos namoros e pedidos de casamento.
Deixou muita saudade nas mentes das gerações dos anos 20, 30 e 40.
A ele a nossa homenagem.


No dia de sua inauguração, 7-9-1927 - autoria desconhecida
O segundo, da direita para a esquerda é o sr. Souza Soutello.

Meu pai( à esquerda) e um amigo 




O Coreto da Pracinha



Luiz Gonzaga
Compositor: (Altamiro Carrilho e Ribeiro Valente)

Primeiro a banda passou
Tocando coisas de amor
Depois cantaram a praça
Em rimas cheias de graça
Mas ninguém se lembrou
Do Coreto da Pracinha
Onde sempre tocava
A garbosa bandinha

O coreto iluminado
Bem em frente à Matriz
Transformava em arco-iris
As águas do chafariz
E a retreta começava
Logo após a ladainha
Com polcas, maxixes e valsas
Tocadas pela bandinha

Agora, só resta a lembrança
Do Coreto da Pracinha
Onde cantava a esperança
Quando tocava a garbosa  bandinha


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