A INAUGURAÇÃO DA NOVA PRAÇA MELO PEIXOTO, EM 23-6-1958

Edição de foto de Cartão Postal Colombo (1958)

A inauguração da nova Praça Melo Peixoto, em 22 de junho de 1958,  foi noticiada com muita ironia pelo mais recente jornal da cidade, o Diário da Sorocabana, que fazia oposição à gestão do prefeito José Maria Paschoalick. As obras duraram dez meses.
24-6-1958


"Na festa noturna, ou inauguração propriamente dita da praça Melo Peixo­to foram queimadas 21 caixas de fogos (também pagas com dinheiro da prefeitura). Paschoalick aproveitou alguns números preparados pela colônia colônia japonesa para a festa do cinquentenário da imigração nipônica (.....)."
(Fonte: http://www.tertulianadocs.com.br/)
Paschoalick havia concorrido  pelo Partido Social Progressista, criado por Ademar de Barros. 
 A praça ficou repleta de pessoas que desejavam admirar a tão esperada fonte luminosa, em moda na época. 
Foram substituídos todos os bancos; os novos não tinham encosto. Também foram trocados os postes de ferro trabalhado. A praça ganhava um "espaço cívico" em frente ao novo coreto.


Foto por Francisco de Almeida Lopes

 Paschoalick discursa no coreto. Ao seu lado esquerdo o Juiz de Direito Windsor Antonio Rosa dos Santos e à direita o Promotor Público Antonio Benedito Prado Bastos


O governador Ademar de Barros não compareceu, sendo representado por  Cantídio Sampaio e Geraldo de Barros.
Às 13 horas, foi oferecido um almoço para as autoridades no Grande Hotel. 
Também foram visitadas as novas obras da prefeitura na cidade, inclusive o novo Ginásio de Esportes , o "Monstrinho".

Tomada logo após a inauguração. No canto direito aparece o prédio do Banco Comercial com a cor verde original, antes de uma reforma que o desfigurou.
Foto por Francisco de Almeida Lopes:original em slide revelada em positivo.

Comentários

Marão disse…
O Jardim era o coração da cidade.
Para ir ao cinema, à missa, aos bancos e grande parte das compras, as pessoas tinham que passar pelo Jardim. Era o ponto de encontro. Homens de negócio não precisavam agendar reuniões. Apenas “desciam” ou “subiam” e acabavam encontrando os parceiros.
Namorados não precisavam marcar encontro. Aliás, ninguém tinha telefone. Apenas iam para o jardim, se encontravam e dali saíam para alguma rua mais discreta.
Todo mundo via todo mundo, todo falava de todo mundo, no bar Central, no bar Paratodos ou no Café Paulista. Naquele verde misturado com a poeira vermelha, que era nosso orgulho da cidade, as pessoas passavam, ouviam músicas, paqueravam e viviam.
O Paschoalick acabou com o Jardim. O lugar passou a ser “a praça”. E, logo depois, a novela das oito se encarregaria de acabar com o que tinha sobrado do romantismo singelo dos passeios que vinham logo depois da sessão de cinema.
Obrigado por suas lembranças do nosso "Jardim", como o chamávamos. Era isso mesmo.
Abraços
José Carlos

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